A 2ª Marcha Nacional das Mulheres Negras por Reparação e Bem-Viver, realizada nesta quinta-feira (25) em Brasília, reuniu cerca de 500 mil pessoas na Esplanada dos Ministérios, impulsionada por centenas de caravanas e pela presença de uma mulher negra inflável de 14 metros com a faixa presidencial e a frase “Mulheres Negras Decidem”. Cláudia Vieira, do Comitê Nacional da Marcha das Mulheres Negras, destacou a importância do evento para o país e para o Estado brasileiro, visando o reconhecimento dos direitos da população negra. A ministra da Igualdade Racial (MIR), Anielle Franco, acompanhada das deputadas federais Talíria Petrone (PSOL-RJ) e Benedita da Silva (PT-RJ), esta última exaltada como a primeira mulher negra a ocupar os cargos de deputada federal e senadora no Brasil, enfatizou a importância da presença do ministério como uma ponte entre o movimento e o Estado. O evento também foi marcado por homenagens a Marielle Franco e pela denúncia da violência contra jovens negros e mulheres negras. A marcha também levantou a questão da indicação de uma mulher negra para a vaga no Supremo Tribunal Federal (STF).
Reivindicações e Objetivos da Marcha
A 2ª Marcha Nacional das Mulheres Negras teve como ponto de partida uma mulher negra inflável de 14 metros, com a faixa presidencial onde se lê “Mulheres Negras Decidem”. O evento atraiu cerca de 500 mil pessoas à Esplanada dos Ministérios. Cláudia Vieira, representante do Comitê Nacional da Marcha das Mulheres Negras, expressou o desejo de que a marcha deixe um legado duradouro, apresentando ao país e ao mundo a importância de se olhar para a população negra.
Presença do Governo Federal e Homenagens
A ministra da Igualdade Racial (MIR), Anielle Franco, marcou presença na marcha, acompanhada pelas deputadas federais Talíria Petrone (PSOL-RJ) e Benedita da Silva (PT-RJ). Anielle Franco ressaltou que a presença do ministério simboliza uma ponte entre o movimento e o Estado. Durante o evento, a ministra lembrou de sua irmã, a vereadora Marielle Franco, assassinada no Rio de Janeiro, e a filha de Marielle, Luyara Franco, reafirmou que não há democracia sem mulheres negras. A mãe de Anielle e Marielle, Marinete Silva, enfatizou que as mulheres negras não aceitam mais serem silenciadas.
Denúncias e Lutas Apresentadas na Marcha
A marcha também foi um espaço para denunciar a violência contra corpos negros, com a exibição de fotos de vítimas da violência em favelas do Rio de Janeiro. Daniela Augusto, do Movimento Mães de Maio na Baixada Santista, denunciou o Estado brasileiro como o primeiro violador dos jovens negros. A militante também destacou que a violência e o feminicídio afetam desproporcionalmente as mulheres negras devido ao machismo estrutural.
A marcha também abordou a necessidade de aumentar a presença de docentes negras em instituições de ensino superior, com a participação da professora Maria Edna Bezerra da Silva, da Universidade Federal de Alagoas. Além disso, homens que apoiam as causas das mulheres também marcaram presença, como Leno Farias, que destacou a importância das mulheres em sua vida e a necessidade de combater a violência contra elas.
Reivindicações Quilombolas e Encerramento da Marcha
Mulheres quilombolas também se manifestaram na marcha, reivindicando o reconhecimento e a valorização de suas comunidades como guardiãs de território e da biodiversidade. Aparecida Mendes, do território quilombola Conceição das Crioulas, destacou a importância de dar visibilidade à luta quilombola e reivindicar os direitos territoriais e o combate ao racismo estrutural. O encerramento da 2ª Marcha Nacional das Mulheres Negras reforçou a luta pela vida sem violência, pela igualdade plena de direitos e oportunidades, e reafirmou que as pautas são inegociáveis para a construção de um futuro mais justo e democrático.
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Fonte: https://agenciabrasil.ebc.com.br
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