O futuro político do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), tem sido alvo de uma bolsa de apostas no Congresso e no Palácio do Planalto. Interlocutores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva consideram que o melhor seria “amarrar” o deputado alagoano em um ministério e evitar deixá-lo “solto” no Congresso em 2025. Aliados do parlamentar, por outro lado, o aconselham a não embarcar no governo porque ele ficaria preso nas burocracias e teria um pouco de tempo para pavimentar sua candidatura ao Senado em 2026.
Caso Lira decida ouvir o “canto da sereia” e desembarcar numa vaga na Esplanada, o destino hoje mais provavelmente seria o lugar de Carlos Fávaro (PSD) no Ministério da Agricultura, embora os interlocutores não descartem a Saúde. Para quem questiona o assunto, contudo, o presidente da Câmara afirma de forma categórica que não recebeu nenhum convite, não tem expectativas e não se trata de especulações.
Lira termina um período de quatro anos no comando da Câmara com duas vitórias importantes: a aprovação da reforma tributária, o legado que ele planejava deixar, e o caminho aberto para eleger o sucessor, com o consenso formado em torno da candidatura de Hugo Motta (Republicanos- P.B.). A sensação de dever cumprido foi tão grande que ele se permitiu dormir até mais tarde nesta sexta-feira, 20, após uma noite intensa de votações que finalizou a aprovação do pacote fiscal do governo.
Na visão dos aliados, o melhor cenário para Lira ano que vem seria manter a influência política na Câmara e garantir o devido tempo para viajar para Alagoas com frequência e fazer campanha. No ministério, dizem esses interlocutores, ele teria somente um ano para atuar, porque teria que deixar a carga no começo de 2026 para concorrer, e gastaria metade desse tempo para “organizar” a pasta. Por outro lado, ao se associar ao governo, ele poderia garantir o apoio de Lula para disputar o Senado, chamados aliados do petista.
Fonte: política livre
