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A Embaixada dos Estados Unidos no Brasil emitiu, nesta quarta-feira (9/7), uma nota na qual afirma que tem acompanhado de perto as investigações contra Jair Bolsonaro e também a família dele. A declaração vem após o presidente norte-americano, Donald Trump, defender que o julgamento de Bolsonaro aconteça durante a eleição e acusar uma “caça às bruxas” contra o político.
“Jair Bolsonaro e sua família têm sido fortes parceiros dos Estados Unidos. A perseguição política contra ele, sua família e seus apoiadores é vergonhosa e desrespeita as tradições democráticas do Brasil. Reforçamos a declaração do presidente Trump. Estamos acompanhando de perto a situação”, diz a embaixada norte-americana, em nota enviada ao Metrópoles.
“Não comentamos sobre as próximas ações do Departamento de Estado em relação a casos específicos”, finaliza a entidade.
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) tornou réus Jair Bolsonaro e outros sete aliados em uma ação penal sobre uma suposta tentativa de golpe para manutenção do ex-presidente no poder, após as eleições de 2022.
Para a Procuradoria-Geral da República (PGR), o ex-presidente e os sete aliados são considerados como o núcleo central da “organização criminosa”. Também fazem parte desse grupo: Alexandre Ramagem, Almir Garnier Santos, Anderson Torres, Augusto Heleno, Mauro Cid, Paulo Sérgio Nogueira e Braga Netto.
Além do processo no STF, Jair Bolsonaro foi considerado inelegível em dois casos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Um deles diz respeito a abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. A Corte Eleitoral julgou a conduta do ex-presidente em uma reunião com embaixadores, realizada no Palácio da Alvorada em 2022.
Na segunda-feira (7/7), Donald Trump, em sua rede Truth Social, saiu em defesa de Jair Bolsonaro e disse que o “julgamento” dele deveria ser durante as eleições. “O único julgamento que deveria estar acontecendo é um julgamento pelos eleitores do Brasil – chama-se eleição. Deixe Bolsonaro em paz”, escreveu o republicano.
Em contrapartida, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) destacou que o Brasil é um “país soberano” e que “não aceita interferência” de líderes externos. A declaração do petista, por meio de nota, aconteceu durante a cúpula do Brics, no Rio de Janeiro.
“A defesa da democracia no Brasil é um tema que compete aos brasileiros. Somos um país soberano. Não aceitamos interferência ou tutela de quem quer que seja. Possuímos instituições sólidas e independentes. Ninguém está acima da lei. Sobretudo, os que atentam contra a liberdade e o estado de direito”, indicou o chefe do Palácio do Planalto.
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