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64 mortes: após megaoperação contra o CV, toda a polícia do RJ está de sobreaviso

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64 mortes: após megaoperação contra o CV, toda a polícia do RJ está de sobreaviso
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Após a megaoperação deflagrada contra o Comando Vermelho (CV), nesta terça-feira (28/10), nos complexos do Alemão e da Penha (zona norte do Rio de Janeiro), a coluna apurou que todos os policiais militares e civis do Rio de Janeiro (RJ) estão agora de sobreaviso. Isso significa que ambas as corporações ficarão em regime de prontidão especial, com agentes podendo ser convocados para atuar a qualquer momento, caso seja necessário.

A decisão ocorre após a morte de ao menos 132 pessoas – segundo número atualizado às 12h desta quarta (29) – e a prisão de outras 81 durante a ação policial. Entre os mortos, quatro eram policiais civis – dois agentes da Polícia Civil e dois militares.

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Megaoperação no Rio de Janeiro

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Fabiano Rocha / Agência O Globo
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Megaoperação das polícias deixa vários policiais feridos e mortos. O Hospital Getúlio Vargas, na Penha, recebeu os feridos. Na foto: policial baleado chegando no HGVGabriel de Paiva / Agência O Globo

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Megaoperação no Rio de JaneiroFabiano Rocha / Agência O Globo

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Durante operação Contenção da policia contra o Comando Vermelho, detidos são conduzidos para a Cidade da Polícia CivilFernando Frazão/Agência Brasil

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Durante operação policia contra o Comando Vermelho, detidos são conduzidos para a Cidade da Polícia CivilFernando Frazão/Agência Brasil

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Policiais durante megaoperação no Rio de JaneiroFernando Frazão/Agência Brasil

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Durante operação Contenção da policia contra o Comando Vermelho, inspetoras da Polícia Civil catalogam apreensão de drogasFernando Frazão/Agência Brasil

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Durante operação policia contra o Comando Vermelho, bandidos ordenam fechamento de comércio e usam lixeiras incendiadas para bloquear a via na rua Itapiru, no Catumbi.Fernando Frazão/Agência Brasil

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Megaoperação no Rio de JaneiroReprodução / Redes sociais

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Megaopoeração contra o CV, no Rio de JaneiroReprodução/Redes sociais

A ofensiva

As comunidades onde a megaoperação foi deflagrada foram acordadas ao som de disparos. O cenário rapidamente foi tomado pelas chamas das barricadas incendiadas pelos criminosos e pela fumaça das bombas.

Cerca de 2,5 mil agentes participaram da ofensiva contra a facção criminosa. O objetivo era cumprir 51 mandados de prisão contra traficantes que atuam no Complexo da Penha.

A ação policial contou com o apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ), da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core/PCERJ) e do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope/PMERJ).

Prisões e mortes

Lideranças do CV que estavam foragidas havia anos foram presas na ação policial. Entre elas, o traficante Thiago do Nascimento Mendes, o Belão do Quitungo. O criminoso é chefe do Morro do Quitungo, na Penha e responde por uma série de crimes ligados a tráfico de drogas, comércio de armas e confrontos com quadrilhas rivais.

O operador financeiro Edgard Alves de Andrade, criminoso conhecido como Doca, um dos chefes do CV mais procurados do Rio, também foi preso. Ele foi identificado como Nikolas Fernandes Soares.

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A comunidade foi acordada com os disparosImagem cedida ao Metrópoles

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Fogo e chamas intensas foram vistos nas comunidadesImagem cedida ao Metrópoles

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Os criminosos colocaram fogo nas barricadasImagem cedida ao Metrópoles

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Operador financeiro de Doca, um dos líderes do CV, é preso no RioReprodução / PCERJ

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Megaoperação no Complexo do Alemão e da PenhaReprodução/Redes sociais

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Complexo do Alemão vira campo de guerra em megaoperação com 2.500 policiaisImagem cedida ao Metrópoles

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Complexo do Alemão vira campo de guerra em megaoperação com 2.500 policiaisImagem cedida ao Metrópoles

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Mansão de traficante do CV preso em megaoperação tinha quadro do OruamImagem cedida ao Metrópoles

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CV ataca polícia com drones e bombas em megaoperação no AlemãoImagem cedida ao Metrópoles

 

Governo do Rio se pronuncia

Na manhã desta terça (28/10), a PCERJ, a Polícia Militar e o governo do Rio concederam uma entrevista coletiva para detalhar a megaoperação. O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), cobrou o governo federal e afirmou que o estado está “sozinho” na luta contra o crime organizado. “Em 2010, o Brasil inteiro viu um trabalho de integração, e hoje o Rio está sozinho”, reclamou o governador fluminense.

Em seu pronunciamento, Castro afirmou que não chegou a solicitar auxílio para essa operação, uma vez que, anteriormente, pedidos para o uso de blindados teriam sido negados. “Tivemos pedidos negados três vezes. Para emprestar o blindado, tinha que ter GLO [Garantia da Lei e da Ordem], e o presidente é contra a GLO. Cada dia é uma razão para não colaborar”, continuou.

Por fim, o governador classificou a ação como “a maior da história do RJ”: “O estado está fazendo a sua parte, sim, mas, quando se fala em exceder — exceder inclusive as nossas competências —, já era para haver um trabalho de integração muito maior com as forças federais, o que, neste momento, não está acontecendo.”

Governo federal responde

O Ministério da Justiça e Segurança Pública se manifestou após as críticas de Castro, alegando que atende os pedidos do estado na área da segurança. “O Ministério da Justiça e Segurança Pública tem atendido, prontamente, a todos os pedidos do governo do estado do Rio de Janeiro para o emprego da Força Nacional no estado, em apoio aos órgãos de segurança pública federal e estadual. Desde 2023, foram 11 solicitações de renovação da FNSP no território fluminense. Todas acatadas”, alega a pasta.

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