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Congresso se reaproxima do governo e leva crise ao Judiciário após operações

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Congresso se reaproxima do governo e leva crise ao Judiciário após operações

O governo Lula (PT) iniciou uma reaproximação com o Congresso após semanas de conflitos, na expectativa de que o recesso melhore as relações.

A tensão entre os parlamentares, no entanto, se deslocou para o Judiciário, com operações policiais contra congressistas e a iminência de julgamentos polêmicos, como o que questiona a impositividade das emendas ao Orçamento.

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No retorno das atividades, a segurança pública será a prioridade do governo, com a proposta de emenda à Constituição (PEC) sobre o tema e o projeto antifacção, ambos na Câmara.

Também está na lista a aprovação no Senado do nome de Jorge Messias para o cargo de ministro do STF (Supremo Tribunal Federal).

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O semestre é curto devido às eleições, e os parlamentares acreditam que o volume de votações será restrito.

A relação do governo com a presidência da Câmara, sob Hugo Motta (Republicanos-PB), passou por momentos conturbados ao longo do ano.

Entre os atritos, destacam-se a derrubada do decreto do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), a escolha de Guilherme Derrite (PP-SP) como relator do projeto de lei antifacção e a votação do projeto de redução de penas para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Na última semana, Lula buscou distensionar a relação ao telefonar para Motta e acertar a pauta econômica.

Ele também nomeou o filho de um aliado de Motta, o deputado Damião Feliciano (União Brasil-PB), como ministro do Turismo, substituindo Celso Sabino, o que reaproxima o governo do partido.

Motta afirmou que a relação está estabilizada e que haverá mais diálogo em 2026.

“Como todas as relações das nossas vidas, você tem aí os altos e baixos, e isso é muito natural, porque cada Poder tem a sua independência”, declarou ele a jornalistas na sexta (19).

Além disso, Motta reatou com o líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias (RJ), com quem estava rompido desde novembro.

Eles se encontraram na mesma data para discutir os desentendimentos e encerraram a briga.

Lula também prometeu uma conversa com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), após desentendimentos sobre a escolha para o STF.

O senador desejava que o indicado fosse Rodrigo Pacheco (PSD-MG), seu aliado. O petista se reuniu com líderes da Casa, que pediam um diálogo mais frequente.

As conversas foram retomadas após o adiamento da votação de Messias para 2026 e a reação do Senado à decisão de Gilmar Mendes, que dificultou o impeachment de ministros do STF.

Esse cenário abriu margem para a crise entre senadores e o Palácio do Planalto.

Um desafio para 2026 são os desentendimentos do líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT), com integrantes da Casa, incluindo Alcolumbre, que não atendeu ligações dele por semanas.

Renan Calheiros (MDB-AL) também criticou o acordo que permitiu a votação do projeto de redução de penas. A tensão entre o Congresso e o STF continuou a aumentar.

Em dezembro, operações policiais atingiram diversos setores, incluindo o governo, o centrão e a oposição.

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