Se confirmada, essa será a terceira apreensão de um petroleiro nas últimas semanas, em meio ao aumento da presença militar americana na região, e a segunda operação apenas neste fim de semana.

No sábado (20), os EUA já haviam apreendido outra embarcação.

Dias antes, Trump anunciou um “bloqueio total” a todos os petroleiros sancionados que entram ou saem da Venezuela, intensificando a pressão sobre o regime de Nicolás Maduro.

Os funcionários que relataram a interceptação não informaram qual embarcação foi abordada nem a localização exata da operação deste domingo.

A Venezuela, que possui as maiores reservas de petróleo do mundo, tem uma economia fortemente dependente das exportações dessa commodity.

Especialistas afirmam que um bloqueio dos EUA contra as exportações venezuelanas poderia asfixiar a economia do país, aumentando a pressão pela saída de Maduro.

A primeira apreensão de um petroleiro ocorreu no dia 10 de dezembro, quando Trump declarou que os EUA haviam tomado “um navio muito grande por uma ótima razão”.

Ao ser questionado sobre o destino do navio e sua carga de petróleo venezuelano, Trump respondeu: “Acho que vai ficar conosco”. O regime de Maduro considera as ações dos EUA como irracionais e uma “ameaça grotesca”.

A captura das embarcações intensifica o cerco militar de Washington contra o governo de Maduro, que é visto como ilegítimo pelos EUA.

Trump já ameaçou realizar bombardeios diretos e enviar tropas em sua campanha de ataques a embarcações no Caribe, que resultaram em mais de cem mortes até o momento.

Na sexta-feira (19), Trump afirmou em entrevista à NBC News que não descarta a possibilidade de uma guerra contra a Venezuela. “Não descarto isso, não”, disse o republicano em conversa por telefone.