Música, cinema e TV apostam cada vez mais na memória afetiva para conquistar novas gerações e reconquistar as antigas
A nostalgia tomou conta da cultura pop, e isso já não é surpresa para ninguém. Basta abrir o TikTok, dar play no Spotify ou conferir os próximos lançamentos do cinema para perceber: os anos 2000 voltaram com tudo, e o público simplesmente não consegue resistir a essa viagem no tempo. É como se uma geração inteira tivesse decidido revisitar a adolescência de uma vez só, e o melhor é que todo mundo está embarcando junto.
Na música, o clima Y2K está mais forte do que nunca. Zara Larsson, por exemplo, fez isso sem medo em “Midnight Sun”, um álbum que parece ter sido teletransportado diretamente de 2004. Batidas dançantes, refrões marcantes, estética brilhante, clipes coloridos e aquela energia despretensiosa que marcou a era de Britney e Christina. O resultado? Fãs enlouquecidos, playlists atualizadas, indicação ao Grammy e uma sensação coletiva de déjà vu delicioso. É como voltar para a época em que tínhamos CD rosa, gloss labial e fotos de câmera digital estouradas.
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O cinema também entendeu o recado e mergulhou de cabeça nesse revival. A sequência de “O Diabo Veste Prada”, anunciada recentemente, virou uma comoção instantânea, afinal, quem cresceu assistindo ao clássico nas tardes de domingo não conseguiu segurar a empolgação ao ver que Meryl Streep, Anne Hathaway e Emily Blunt podem dividir a tela novamente. E não para por aí: outros filmes icônicos dos anos 2000 estão voltando, em novas versões ou continuações, reacendendo o sentimento de conforto e familiaridade que só uma história conhecida consegue trazer.
E por que isso tudo virou uma febre tão grande? A resposta é simples: nostalgia é conforto. Depois de anos turbulentos, cheios de mudanças rápidas e excesso de informação, o público busca exatamente o oposto, algo familiar, divertido, sem complicações. Os anos 2000 trazem essa sensação de leveza quase instantânea. Era uma época colorida, exagerada, espontânea e cheia de personalidade. É como se, mesmo sem perceber, todo mundo estivesse tentando resgatar um pedaço da própria história.
As redes sociais ajudaram a potencializar esse movimento, principalmente o TikTok. A estética Y2K explodiu por lá, com vídeos cheios de brilho, câmera digital, low rise jeans, gloss labial, sombras cintilantes e aquele ar “foto tirada no banheiro da escola”. A geração Z, que pouco viveu esta época, transformou tudo em tendência, e quando eles adotam algo, vira fenômeno cultural sem volta.
A verdade é que o passado nunca esteve tão na moda. Seja revivendo ícones do pop, trazendo de volta filmes que marcaram uma era ou recriando visuais que pareciam enterrados, a cultura dos anos 2000 encontrou um espaço enorme no coração, e no feed, do público atual. E, pelo ritmo das coisas, essa viagem no tempo ainda está longe de terminar.
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