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Acareação no STF: Defesa de ex-presidente do BRB nega contradições em depoimento sobre fraude de R$ 12 bilhões

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Acareação no STF: Defesa de ex-presidente do BRB nega contradições em depoimento sobre fraude de R$ 12 bilhões

A defesa do ex-presidente do Banco de Brasília (BRB), Paulo Henrique Costa, declarou nesta quarta-feira que não houve contradições entre os depoimentos de seu cliente e do empresário Daniel Vorcaro, proprietário do Banco Master, na investigação sobre uma suposta fraude de R$ 12 bilhões relacionada à venda de carteiras de crédito. Os advogados afirmaram que as diferenças nas declarações se resumem a "percepções distintas sobre os mesmos fatos".

Costa e Vorcaro participaram de uma acareação na noite de terça-feira, no Supremo Tribunal Federal (STF), logo após prestarem depoimento à Polícia Federal (PF). O diretor de Fiscalização do Banco Central, Ailton de Aquino, também foi ouvido. As oitivas e o confronto de versões foram solicitados pelo ministro Dias Toffoli, relator do caso, com a finalidade de esclarecer as negociações entre o Banco Master e o BRB.

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Segundo a defesa, Paulo Henrique Costa foi interrogado por mais de duas horas e respondeu a todas as perguntas feitas pelas autoridades. Os advogados destacaram que o ex-presidente do BRB enfatizou que suas decisões foram tomadas dentro de parâmetros técnicos, de forma colegiada e com base em registros formais que comprovam a regularidade de sua atuação na instituição.

O inquérito está sob sigilo no STF desde o final de novembro, após a PF encontrar indícios de possível envolvimento de autoridades com foro privilegiado. Durante a investigação, a 10ª Vara Federal de Brasília ordenou a prisão de Daniel Vorcaro, de outros quatro executivos do Banco Master e de mais dois investigados, além do afastamento de Paulo Henrique Costa da presidência do BRB. Vorcaro foi libertado após 12 dias de detenção, utilizando tornozeleira eletrônica, por decisão da desembargadora federal Solange Salgado da Silva.

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Simultaneamente à apuração criminal, o Banco Central decidiu pela liquidação extrajudicial do Banco Master, o que ampliou o impacto institucional do caso no sistema financeiro. A defesa de Costa considerou que a acareação foi eficaz para esclarecer as divergências entre os depoimentos e reafirmou que o ex-dirigente está à disposição das autoridades. Em nota, os advogados afirmaram que uma análise técnica e objetiva da documentação reunida permitirá um completo esclarecimento dos fatos, reforçando o compromisso de seu cliente com a legalidade, a governança e o interesse institucional.

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