O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou neste domingo (26) que a assinatura do tratado de paz entre Tailândia e Camboja, em Kuala Lumpur, Malásia, é “muito emocionante” e representa algo que muitos consideravam impossível.
A cerimônia contou com a presença do primeiro-ministro cambojano Hun Manet, do primeiro-ministro tailandês Anutin Charnvirakuly e do primeiro-ministro malaio Anwar Ibrahim. Frente aos líderes, Trump exaltou o fim de conflitos que considera desacelerados ou concluídos durante sua administração. “Dois grandes países, mas que se enfrentavam. Quero parabenizar os dois valentes líderes… por dar este passo monumental”, disse.
O mandatário americano também ressaltou que o conflito entre Tailândia e Camboja foi uma das primeiras guerras em que se envolveu internacionalmente. “Me encanta fazê-lo. Não deveria dizer que é um passatempo, porque é muito mais sério, mas é algo em que sou bom e adoro fazer”, afirmou, ao comentar seu papel em mediações internacionais.
Trump elogiou ainda os líderes tailandês e cambojano pelo “grande respeito mútuo” durante as negociações, destacando o contraste com outros conflitos globais. “O que me deixa tão feliz é que esses dois países se dão muito bem. Não estou acostumado com isso. Quando faço esses acordos, normalmente há muito ódio”, comentou, em referência ao recente tratado mediado por sua administração entre o grupo Hamas e Israel.
Ele acrescentou que a boa relação entre os líderes facilitou as negociações: “Eles têm grande respeito mútuo, o que tornou o processo um pouco mais fácil”. Em comparação, Trump destacou a animosidade entre Vladimir Putin e Volodymyr Zelensky, líderes da Rússia e Ucrânia: “Há muita má vontade entre os dois presidentes, e não estou exagerando ao dizer que é uma situação muito, muito difícil”.
Trump chegou à Malásia neste domingo para participar da cúpula da ASEAN, dando início a uma turnê asiática que inclui também Japão e Coreia do Sul. O Air Force One pousou no aeroporto internacional de Kuala Lumpur às 09h53, horário local, após escalas técnicas em Catar e Alemanha.
Durante sua visita de um dia a Kuala Lumpur, a Casa Branca confirmou que Trump terá uma reunião a portas fechadas com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que busca a redução de tarifas sobre produtos brasileiros.
Na sequência da viagem, Trump seguirá para Tóquio, onde se encontrará com Sanae Takaichi, a primeira mulher a assumir como primeira-ministra do Japão. A visita ao país, menos afetado pelas tarifas americanas, visa fortalecer acordos comerciais favoráveis aos EUA.
O ápice da turnê será na Coreia do Sul, em Busan, onde Trump terá encontros com o presidente Lee Jae Myung, participará de um almoço da APEC com líderes empresariais e jantará com executivos do setor tecnológico americano. O governo sul-coreano avalia conceder a Trump a Gran Ordem de Mugunghwa, maior distinção nacional, durante a visita.
Está previsto ainda que Trump se reúna com o presidente chinês Xi Jinping, em seu primeiro encontro face a face desde que retornou à presidência. Segundo Ryan Hass, pesquisador da Brookings Institution, “a reunião será um ponto de dados dentro de uma continuidade existente, mais do que um ponto de inflexão na relação”.
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