Adolfo Menezes cogita deixar páreo pelo comando da Alba para inviabilizar avanço de petista, afirmam aliados

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Retirada de candidatura seria alternativa para frear Rosemberg Pinto diante de cenário de derrota do presidente na Assembleia Legislativa no Supremo

Embora tenha colocado o nome no páreo pelo comando da Assembleia Legislativa (Alba), o atual presidente da Casa, Adolfo Menezes (PSD), sinalizou a aliados próximos a possibilidade de retirar a candidatura no intuito de impedir que o deputado estadual Rosemberg Pinto (PT), líder da base aliada ao Palácio de Ondina, ganhe musculatura para substituí-lo no cargo. Segundo apurou a Metropolítica, a hipótese leva em conta uma eventual vitória de Rosemberg na disputa pela primeira vice-presidência na eleição para a Mesa Diretora de Alba, marcada para o início de fevereiro. 

Negócio de risco


“Hoje, Adolfo possui maioria elástica para conquistar o terceiro mandato à frente do Legislativo estadual, mas a probabilidade de ter a segunda reeleição barrada pelo Supremo é grande, e ele sabe disso. Nesse cenário, quem assumiria seu lugar seria Rosemberg, que ficaria obrigado a convocar uma nova eleição em 30 dias. Mas a avaliação é a de que, uma vez sentado na presidência, mesmo por um mês, Rosemberg pavimentaria o caminho para permanecer no cargo”, confidenciou um dos líderes da bancada governista ouvidos pela coluna.

Ele não!


De acordo com outro deputado influente da base, há enorme resistência a um petista à frente da Alba, tanto entre os governistas quanto na bancada da oposição. “Caso Adolfo perceba que será impossível reverter a derrota no Supremo, devido a entendimentos contrários dos ministros da corte a mais de uma reeleição para o comando das casas legislativas, ele deixou claro aos integrantes do grupo ligado a ele que abandonaria a disputa e anunciaria apoio a um nome do PSD”, destacou. 

Mão dupla


A princípio, a deputada Ivana Bastos é apontada entre parlamentares do arco do governo Jerônimo Rodrigues (PT) como alternativa natural para o lugar de Adolfo Menezes. No entanto, lideranças ouvidas reservadamente garantem que o senador Ângelo Coronel costura um acordo com a oposição para viabilizar um dos herdeiros, Ângelo Filho, como candidato do PSD à presidência da Assembleia. “Essa probabilidade ganhou corpo nos últimos dias. E Coronel vem trabalhando nos bastidores para consolidá-la. Se terá sucesso, é outra história”, salientou um cardeal da cúpula do partido na Bahia.

Recordar é viver


Os movimentos do PSD para a eleição na Assembleia acenderam o sinal amarelo no gabinete do governador, que passou a acompanhar atentamente os preparativos referentes à sucessão na Casa. Sobretudo, após Jerônimo ser lembrado de que, no passado, a unidade de esforços entre Ângelo Coronel e o prefeito Bruno Reis (União Brasil), à época vice de ACM Neto, foram cruciais para interromper, em fevereiro de 2017, o ciclo de cinco mandatos seguidos do ex-deputado Marcelo Nilo (Republicanos) como presidente da Casa. 

Fonte: Metro 1

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