



Laudemir de Souza Fernandes foi morto com um tiro no tórax; o empresário Renê da Silva Nogueira Júnior, acusado pelo crime, foi preso
Thiago Rodrigues, amigo de Laudemir de Souza Fernandes, o gari assassinado após uma discussão de trânsito, relembrou a conversa com o acusado pelo crime. O empresário Renê da Silva Nogueira Júnior seria o responsável por disparar contra o homem de 44 anos. O caso aconteceu em Belo Horizonte (MG), na segunda-feira (11/8), e o suspeito foi preso.
A outros colegas, o homem relembrou os momentos que antecederam o crime. A equipe estava trabalhando no bairro Vista Alegre, na Zona Oeste da cidade, quando o caminhão da coleta interrompeu o fluxo. Em seguida, um veículo surgiu, e o motorista aparentava estar com pressa: “Eu virei e falei: espera um pouquinho. Pedi a motorista para jogar um pouquinho para o canto para ele passar”.
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Ainda segundo Tiago, o suspeito pelo crime teria se aproximado da janela do caminhão, sacado a arma e afirmado que iria atirar caso esbarrassem em seu carro: Ele afirma ter alertado ao atirador sobre a gravidade do ocorrido, antes mesmo que o fato viesse a acontecer: “Naquela hora, eu gritei: ‘Você vai dar um tiro na mulher trabalhando? Vai matar ela dentro do caminhão?’”.
Em seguida, ele teria falado para Renê seguir em frente. O homem, de fato, seguiu, mas logo estacionou e retornou questionando se a equipe de garis estaria “duvidando” dele: “Não precisava chegar a esse ponto, porque até mesmo o indivíduo que causou esse transtorno, essa dor, até mesmo a essa família foi avisado”.
“Eu disse três vezes para ele: ‘vai atirar? Você vai matar a gente trabalhando?’”, contou o também gari Thiago. A declaração foi concedida durante o enterro de Laudemir de Souza Fernandes, sepultado em Contagem, no interior de Minas Gerais, nesta terça-feira (12/8). Amigos e familiares utilizaram roupas laranjas, em homenagem à profissão da vítima.
Laudemir foi atingido na região torácica e socorrido por testemunhas. Ele chegou a ser encaminhado ao Hospital Santa Rita, mas não resistiu. Renê da Silva Nogueira Júnior fugiu logo após o crime. O acusado foi preso em uma academia de alto padrão no bairro Estoril, área nobre da capital mineira. O empresário não tinha porte de arma, e era marido da delegada Ana Paula Balbino Nogueira, que passou a ser investigada pela Corregedoria da Polícia Civil por ser dona das armas apreendidas após o assassinato.
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