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AO VIVO: ‘Careca do INSS’ depõe em CPI que investiga desvio de bilhões de reais

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AO VIVO: ‘Careca do INSS’ depõe em CPI que investiga desvio de bilhões de reais

A CPI do INSS iniciou na manhã desta quinta-feira (25) o depoimento de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, preso pela Polícia Federal no último dia 12 por suposto envolvimento em desvios de recursos de aposentados e pensionistas.

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Segundo a investigação, empresas ligadas a Antunes teriam atuado como intermediárias financeiras de associações envolvidas no esquema de fraude. O advogado, no entanto, negou qualquer participação em descontos ilegais aplicados aos benefícios e afirmou que a responsabilidade seria das associações.

“O personagem ‘Careca do INSS’ não reflete quem eu sou”, disse Antunes, acrescentando que responderá todas as perguntas, mas respeitará o direito de não se incriminar.

O depoimento de Antunes era o mais aguardado pelos membros da CPI, sendo um dos primeiros convocados a prestar esclarecimentos. Inicialmente, ele havia confirmado sua participação no dia 15, mas recuou após decisão do ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), que facultou sua presença no colegiado.

Prisão preventiva e investigação da PF

Antunes foi preso preventivamente no dia 12, juntamente com o empresário Maurício Camisotti, enquanto mandados de busca e apreensão foram cumpridos em endereços ligados ao advogado Nelson Wilians.

De acordo com a Polícia Federal, empresas de Antunes recebiam dinheiro das entidades e repassavam os valores a pessoas ligadas às associações ou a servidores do INSS. A investigação identificou que ele recebeu R$ 53 milhões de associações de aposentados e pensionistas, sendo rastreadas transferências de mais de R$ 9 milhões para pessoas ligadas ao INSS.

“A investigação identificou que Antônio Camilo é um dos principais mentores das fraudes, junto com Maurício Camisotti, ambos com influência política e capacidade de movimentações financeiras vultosas, fato que acentua a gravidade e reprovabilidade jurídica de sua atuação”, destacou a PF em relatório enviado ao STF.

O depoimento desta quinta-feira marca um momento chave na apuração das irregularidades na Previdência e será usado para embasar medidas futuras da CPI, incluindo pedidos de prisão e a análise de sigilos fiscais e bancários dos envolvidos.

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