Após a aprovação da Dosimetria, um projeto de lei amplamente celebrado por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, o tema continua a gerar intensa repercussão entre os políticos. A votação ocorreu com a participação de 440 parlamentares, resultando em 291 votos a favor, 148 contrários e uma abstenção, do deputado Sidney Leite (PSD-AM).

O vice-líder da bancada de oposição na Câmara Federal, deputado Capitão Alden (PL-BA), expressou sua satisfação com a aprovação da Dosimetria, mas destacou que o projeto não substitui a Anistia. Em entrevista, Alden afirmou: “A Dosimetria não substitui a Anistia. E nunca foi apresentada como tal. A votação recente representa um mecanismo de redução imediata de danos para milhares de brasileiros que há três anos enfrentam penas desproporcionais, processos questionáveis e ausência de revisão judicial. É uma resposta possível dentro de um Congresso fragmentado, sob pressão institucional evidente e sem maioria consolidada da oposição.”

O deputado bolsonarista acredita que a aprovação da Anistia é viável, mas não sob a atual gestão do Governo Federal. Segundo ele, a situação atual torna difícil a aprovação da Anistia nos moldes defendidos pela oposição. “A Anistia permanece como objetivo central. Mas é preciso dizer a verdade que muitos evitam: a Anistia ampla, geral e irrestrita só será aprovada quando a Direita retornar ao comando do Executivo Federal. Antes disso, qualquer promessa diferente é retórica vazia. Quem sustentar o contrário vende ilusão”, afirmou.

Alden também criticou colegas de Parlamento, sem citar nomes, e alertou o eleitorado de direita sobre determinadas condutas que considera negativas. “O Congresso atual reflete as escolhas do eleitor. Muitos parlamentares que hoje votam sistematicamente com o Governo Federal foram eleitos não por defenderem pautas conservadoras, mas por serem ‘filhos da terra’, ‘simpáticos’, ‘celebridades’, ‘religiosos conhecidos’ ou por terem enviado emendas ao município. Parte deles jamais participou de uma obstrução, nunca discursou na defesa da liberdade, nunca enfrentou o sistema, mas volta a cada quatro anos pedindo votos em nome de bandeiras que nunca defenderam”, desabafou.

Aprovação da Dosimetria e suas implicações

• A aprovação da Dosimetria, com 291 votos a favor, 148 contrários e uma abstenção, é vista como uma resposta a uma situação crítica enfrentada por muitos brasileiros. O projeto busca oferecer uma solução imediata para aqueles que estão sob penas desproporcionais e processos questionáveis, em um cenário onde a revisão judicial é escassa. A votação foi realizada em um contexto de fragmentação política e pressão institucional, refletindo a complexidade do atual cenário legislativo.

Críticas à condução política atual

• O deputado Capitão Alden criticou a atuação de alguns parlamentares, ressaltando que muitos deles não foram eleitos por defenderem pautas conservadoras, mas sim por características pessoais ou por ações pontuais em suas comunidades. Ele enfatizou que a falta de comprometimento com as bandeiras conservadoras é um problema que deve ser reconhecido pelo eleitorado, que precisa estar atento às verdadeiras motivações por trás das candidaturas e das votações no Congresso.

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