A Bahia é o sexto estado com maior número de internações hospitalares em decorrência de envenenamentos em todo o Brasil. É o que apontam os dados divulgados nesta segunda-feira (8), pela Associação Brasileira de Medicina de Emergência (Abramede). Em números absolutos, o Brasil registrou 45.511 atendimentos de urgência por envenenamento entre 2015 e 2024, sendo 2.274 na Bahia.
Os dados analisados pela Abramede são do Sistema Único de Saúde (SUS) e com base nestes, é possível estimar que o Brasil registra cerca de 379 registros ao mês e com 12,6 casos ao dia. Em termos figurativos, a cada duas horas uma pessoa foi internada em regime de emergência em consequência de ingestão de substâncias tóxicas no país.
Entre os estados, os números da Bahia ficam atrás apenas dos casos de São Paulo (10.161), Minas Gerais (6.154), Paraná (3.764), Rio Grande do Sul (3.278) e Santa Catarina (2.588), além de possuir o maior índice da região Nordeste. Na série histórica, o ano de 2014 e 2017 contabilizaram recordes de internações por envenenamento na Bahia, com 257 e 256 casos, respectivamente. No país, os anos de 2023 e 2024 tiveram os maiores registros, com 5.535 em 2023 e 5.560 no último ano.
Foto: Reprodução / Abramede
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Em análise dos casos registrados em todo o Brasil, o estudo revela que apesar da maior parte dos casos ocorrer por envenenamento acidental ou indeterminado, outros 3.461 pacientes, cerca de 7,6%, sofreram intoxicação proposital, causada por terceiros. Os números ainda revelaram que a maior parte dos casos ocorreu por “produtos químicos não especificados”, com 6.556 internações. Outros 6.407 casos foram atribuídos a “drogas e medicamentos não especificadas”, seguidos de “drogas/biológicas não especificadas”, com 5.455 pacientes internados, e “substancias químicas nocvas não especificadas” com 5.104 casos.
Entre as principais causas “identificáveis” e especificadas no estudo, a “exposição a analgésicos e medicamentos para aliviar dor, febre e inflamação”, lidera o levantamento com 2.225 internações. Na sequência, aparecem episódios envolvendo álcool por causas não determinadas (1.954) e anticonvulsivantes, sedativos e hipnóticos (1.941) e pesticidas (1.830).
Foto: Reprodução / Abramede
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