Uma nova tensão internacional ganhou força nesta quinta-feira (31), quando Dmitry Medvedev, ex-presidente da Rússia e atual vice-presidente do Conselho de Segurança do país, respondeu de forma dura a provocações feitas por Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos.
A troca de farpas, que começou com Trump criticando Medvedev em redes sociais, teve um desfecho surpreendente: o russo mencionou um antigo e controverso sistema de retaliação nuclear automática, popularmente conhecido como “Mão Morta”. Embora seja uma tecnologia herdada da Guerra Fria, sua simples menção foi suficiente para acender alertas sobre o risco de escalada na retórica entre potências armadas.
Na mensagem, Medvedev sugeriu que o líder norte-americano “se lembrasse” do poder devastador que sistemas como esse representam, insinuando que qualquer ameaça à Rússia não passaria sem resposta. A fala, carregada de sarcasmo e ameaça velada, eleva o nível da disputa verbal, que até então estava limitada a ataques pessoais.
O embate começou após Trump chamar Medvedev de “fracassado” e acusá-lo de estar se arriscando ao provocar os Estados Unidos. Em contrapartida, o russo respondeu dizendo que o norte-americano “parece nervoso”, o que, segundo ele, é um sinal de que a Rússia está no rumo certo em sua política internacional.
Essa troca acontece em um momento de sensibilidade global, com conflitos geopolíticos em andamento e um cenário diplomático frágil. Embora especialistas considerem improvável o uso real de sistemas nucleares automáticos nos dias atuais, o uso simbólico dessa ameaça demonstra como antigos fantasmas da Guerra Fria continuam influenciando o jogo político contemporâneo.
Washington logan
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