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Brasil deve fechar acordo com concorrente da Starlink

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Parceria com a SES, provedora de serviços por satélite de Luxemburgo, vai levar internet de alta conectividade para regiões remotas do país

(Imagem: rafapress/Shutterstock)

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A Telebras assina nesta quarta-feira (5) um memorando de entendimento com a SES, provedora de serviços por satélite de Luxemburgo. O acordo prevê levar internet de alta conectividade a regiões remotas do país.

O valor do contrato não foi revelado. Segundo a empresa brasileira, companhia proverá conectividade dez vezes superior à das antenas da Starlink, de Elon Musk, que hoje é líder em internet via satélite no país.

Ilustração de internet via satélite no Brasil
Brasil aposta na internet via satélite para levar conectividade para áreas mais remotas (Imagem: NIMEDIA/Shutterstock)
  • De acordo com informações da Folha de São Paulo, a SES disponibilizará a internet via satélite de forma gratuita para os participantes da COP30.
  • A Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas será realizada em Belém, no Pará, e servirá como uma espécie de vitrine da tecnologia.
  • Durante o evento, que acontecerá entre 10 e 21 de novembro, a empresa irá demonstrar as capacidades de sua internet de média órbita.
  • Essa é uma tecnologia que é intermediária entre a de baixa órbita, utilizada pela Starlink, e a de satélite geoestacionário.

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Acordo será firmado com a SES, provedora de serviços por satélite de Luxemburgo (Imagem: Kent Johansson/Shutterstock)

Soberania digital e transição energética

Apesar das altas taxas de transferência de dados, o serviço oferecido pela companhia de Musk cobre áreas menores, o que exige mais satélites. Já a oferecida pela SES tem uma latência mais alta, ou seja, maior atraso entre o envio e o recebimento de dados, porém com apenas três satélites é possível garantir cobertura global.

A ideia do governo brasileiro é que a parceria possibilite levar a conexão de internet a áreas remotas. Além disso, ela deve reforçar a agenda de soberania digital das autoridades do país. Isso porque, diferentemente da Starlink, a SES utilizará toda a infraestrutura em terra da Telebras, que hoje possui cinco teleportos no país.

Internet via satélite Starlink; celular
SES proverá conectividade dez vezes superior à das antenas da Starlink (Imagem: Rizky Ade Jonathan/Shutterstock)

A parceria ainda é considerada importante do ponto de vista da transição energética. Ao exigir menos satélites para conexão, há um menor necessidade de lançamentos no espaço e, consequentemente, menos geração de lixo espacial.

Alessandro Di Lorenzo

Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

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