A disputa judicial entre o deputado federal Ricardo Maia (MDB/BA) e seu pai, conhecido como Zelitão, ganhou novos desdobramentos na tarde de terça-feira (15) em Ribeira do Pombal, no interior da Bahia. Três homens foram presos pela Polícia Militar após invadirem a fazenda pertencente a Zelitão, situada na zona rural do município.
Durante o depoimento à delegacia de Polícia Civil, os suspeitos afirmaram que estavam a serviço do parlamentar baiano, o que pode complicar ainda mais a situação jurídica do deputado.
Dois dos presos são guardas municipais de Tucano
Entre os detidos estão dois guardas municipais da cidade de Tucano, município governado por Ricardo Maia Chaves de Souza Filho que é filho do parlamentar Ricardo Maia. O comandante da Guarda Municipal de Tucano foi informado sobre as prisões, mas até o momento não se pronunciou oficialmente.
O terceiro indivíduo preso é um operador de máquina pesada, que ainda não teve o nome divulgado pelas autoridades. A função dele durante a ação ainda está sendo investigada, mas tudo indica que ele teria participação direta na tentativa de ocupação da propriedade.
Histórico de desavença e medida protetiva em vigor
A disputa pela propriedade rural já havia sido noticiada em novembro de 2024, quando o deputado foi acusado de ordenar a destruição de uma cerca da fazenda utilizando uma retroescavadeira. O episódio provocou a solicitação de medida protetiva por parte de Zelitão, deferida pelo juiz da comarca de Ribeira do Pombal.
A decisão judicial proíbe que Ricardo Maia se aproxime menos de 500 metros de seu pai, medida que pode ter sido descumprida de forma indireta, caso fique comprovado que os homens agiram sob sua orientação.
Justiça vai analisar se houve violação da ordem judicial
Com a prisão dos três envolvidos, o caso será encaminhado novamente à Justiça de Ribeira do Pombal, onde o juiz responsável avaliará a legalidade da ação, a eventual violação da medida protetiva e o possível envolvimento direto ou indireto de Ricardo Maia na nova tentativa de invasão.
A repercussão do caso pode gerar desdobramentos políticos e jurídicos, especialmente por envolver o nome de um parlamentar federal e funcionários públicos municipais.
DA REDAÇÃO DO EUCLIDES DIÁRIO
*Com informações de Sertão Quente Notícias
