O ex-deputado estadual Capitão Tadeu 08 de setembro de 2025 | 17:22
Capitão Tadeu busca partido para tentar retornar à Assembleia Legislativa em 2026
Sem mandato na Assembleia Legislativa desde 2015, quando perdeu a cadeira que ocupava na condição de suplente, o ex-deputado estadual Capitão Tadeu, que na verdade é major aposentado da Polícia Militar, tentará retornar ao Parlamento estadual na eleição de 2026.
Em 2014, quando era filiado ao PSB, Capitão Tadeu tentou uma vaga de deputado federal, ficando na primeira suplência. Na eleição de 2024, ele tentou uma cadeira na Câmara de Vereadores da capital baiana por onde já havia passado entre as legislaturas de 1997-2000 e 2005-2008.
Ao ser visto na Assembleia Legislativa, onde participava de um evento sobre segurança pública, o militar falou com exclusividade a este Política Livre sobre suas pretensões para o próximo pleito eleitoral e admitiu ainda não ter uma legenda para chamar de sua.
“Nós estamos analisando a conjuntura política, mas a ideia a princípio é ser candidato a deputado estadual. Nós estamos conversando com alguns partidos para ver aquele partido que a gente tem as melhores condições de fazer um trabalho voltado para a segurança da sociedade”, afirmou.
Ao ser perguntado se está mais inclinado a buscar abrigo no ninho de Bruno Reis (União Brasil) ou no de Jerônimo Rodrigues (PT), Capitão Tadeu adiantou que “não será um partido aliado do governador Jerônimo e nem do PT”. Embora ao longo de toda sua trajetória política tenha adotado um perfil independente, Capitão Tadeu foi filiado a partidos aliados do Palácio de Ondina, a exemplo do PSD, PSB, PDT e Solidariedade. Pelo campo da oposição, foi filiado ao PSDB por onde tentou a eleição de vereador no ano passado.
Sobre o cenário na eleição majoritária, Capitão Tadeu avaliou que a base do governador Jerônimo Rodrigues, que tentará à reeleição, “dá sinais de rachadura”. Segundo ele, “Lula deu uma pequena melhorada aqui no Nordeste por conta desse enfrentamento ao tarifaço de Trump. Ele deu uma melhorada nas pesquisas, mas ainda assim está muito desgastado, então eu acho que vai ser uma disputa acirrada contra o candidato ACM Neto”, contextualizou.
Mesmo no campo de oposição ao governo petista, Capitão Tadeu fez uma análise técnica do projeto de reestruturação da Polícia Militar que ele classificou como “muito bom e inteligente porque cria uma estruturação boa, principalmente para o interior do Estado”. A crítica, contudo, ficou por conta do avanço da violência, que ele ponderou ser difícil de combater.
“A violência não vai mudar enquanto nós tivermos essa legislação. Porque a polícia prende muito, nós estamos com superpopulação carcerária. A Polícia Militar, a Polícia Civil batem recordes de prisões e apreensões de armas e drogas, e a violência só faz aumentar, o que mostra que a nossa legislação está sendo muito benevolente com o bandido. Então, o policial arrisca sua vida, prende o bandido e na audiência de custódia nós estamos vendo juízes soltando traficantes, homicidas. É a sensação de que o policial enxuga gelo, a questão não é só de polícia, é de educação, é social, mas também na nossa legislação que está sendo muito boazinha com bandido perigoso”, disparou.
Carine Andrade, Política Livre
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