O ministro do Turismo, Celso Sabino, comunicou a aliados que decidiu permanecer no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mesmo com o processo de expulsão aberto contra ele pelo União Brasil. Segundo interlocutores, Sabino deve oficializar sua decisão diretamente a Lula na próxima semana, reafirmando sua disposição de seguir no cargo. A informação foi publicada inicialmente pela Folha de S.Paulo e confirmada pelo Globo.
A decisão encerra semanas de indefinição. Desde 18 de setembro, quando a Executiva Nacional do União determinou que todos os filiados deixassem os cargos na Esplanada em até 24 horas, Sabino vinha adiando sua saída. O ministro chegou a entregar uma carta de renúncia, mas atendeu a um pedido de Lula para permanecer no posto durante a preparação da COP30, que será realizada em Belém (PA). A demora levou o partido a instaurar um processo disciplinar.
Se o relatório recomendar a expulsão, caberá ao presidente da legenda, Antonio Rueda, convocar a Executiva Nacional para deliberar. Entre dirigentes do União, a avaliação é de que Sabino tenta ganhar tempo, de olho nas eleições de 2026. Pré-candidato ao Senado, ele aposta na COP30 e no Círio de Nazaré, maior evento religioso do Pará, como vitrines políticas para ampliar sua visibilidade.
No cenário paraense, o governador Helder Barbalho (MDB) é considerado favorito a uma das vagas ao Senado, enquanto a segunda deve ser disputada entre Sabino e o presidente da Assembleia Legislativa, Chicão (MDB).
Fonte: política livre
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