Com a consciência limpa e a palavra firme, iniciamos mais uma reflexão. E esta semana vamos debater sobre o Centro de Especialidades Médicas (CEM) de Euclides da Cunha que virou o retrato escancarado do abandono institucional. Pois é, tem coisa que a gente só acredita vendo e, mesmo assim, custa a acreditar. Um prédio que deveria ser referência em cuidado com a saúde virou caso de saúde pública por si só. Teto com buraco gigante, mofo espalhado e estrutura prestes a desabar. Pode até parecer ficção, mas é realidade vivida diariamente por pacientes e servidores.

E olha que não estamos falando de um problema recente. O estado de calamidade ali é antigo e, vem sendo empurrado pelo secretário de saúde como se o povo tivesse que se acostumar com o caos. O que antes era só precariedade virou perigo real. Quem entra no CEM não sabe se sai com uma receita ou com parte do teto na cabeça.

Na última semana, o vereador Luizinho de Lula foi até o local após receber denúncias e, constatou que o CEM está largado ao descaso. A boa vontade de fiscalizar é sempre bem-vinda. Mas a pergunta que fica é quantas denúncias mais são necessárias para que os reparos do CEM sejam tratados com a urgência que merece?

Enquanto isso, quem paga a conta da negligência é o povo e, não é uma conta simbólica, é sofrimento real. E cá fico eu pensando caro leitor, se, amanhã, Deus me livre, o teto cair, será que vão culpar a chuva, ou a burocracia, porque responsabilidade mesmo, até agora, ninguém assumiu. E a cada dia de espera, aumenta o perigo e a vergonha.

E não venham com discursos já prontos, pois o que o CEM precisa é de reforma e, acima de tudo, precisa de uma administração que trate saúde pública como prioridade e não como foto de campanha. Por esta semana ficamos por aqui. Mas quero saber sua opinião sobre este assunto. Concorda? Discorda? Tem algo a acrescentar? Vamos continuar esta conversa no meu Instagram @rubenilson_campos_

RUBENILSON CAMPOS