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Palavras são poderosas. Por isso valorizo tanto o trabalho dos jornalistas. E dos escritores. E roteiristas. Publicitários. A escolha correta pode fazer surgir o sorriso no rosto de uma pessoa. Ao mesmo tempo que a escolha errada pode ofender, causar ódio e estragar o dia de alguém.
Palavras também podem ser definidoras de um tempo, reflexo de uma época. E esse é o principal aspecto que guia os especialistas da Universidade de Oxford, no Reino Unido, na hora de escolher o chamado “termo do ano”.
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Oxford, que dá nome também a um dos principais dicionários do mundo, não é a única instituição que elege a palavra do ano. Mas, com certeza, é uma das mais relevantes. Vale destacar que a escolha diz respeito apenas a expressões na língua inglesa. Isso, porém, não nos impede de fazer traduções ou traçar comparações.
Neste ano, aliás, tenho certeza que a escolhida se encaixa perfeitamente na vida de milhões de brasileiros. Na minha, inclusive.
A palavra do ano é “brain rot”
- “Brain rot”, ao pé da letra, quer dizer cérebro podre ou cérebro apodrecido.
- Trata-se de um termo amplamente utilizado nas redes sociais, principalmente pelos jovens.
- Sabe quando você fica vários minutos passando pelo feed do Instagram ou assistindo a vídeos do TikTok?
- Sabe quando esses minutos podem acabar virando horas e, quando se dá conta, fica uma sensação de vazio dentro de você?
- Isso é o “brain rot”.
- O Dicionário de Oxford define esse termo da seguinte maneira: “a suposta deterioração do estado mental ou intelectual de uma pessoa, especialmente quando resultado do consumo excessivo de material (principalmente online) considerado trivial ou pouco desafiador”.
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- Mais de 37 mil pessoas participaram de uma votação online para eleger a palavra.
- Especialistas de Oxford também deram sua contribuição na escolha.
- A expressão venceu várias outras que também estão em alta no mundo das redes sociais, como “lore”, “demure”, “romantasy”, “dynamic pricing” e “slop”.
Uso moderno, origem antiga
De acordo com Oxford, o uso do termo “brain rot” aumentou 230% entre 2023 e 2024. Isso se deve, como já dissemos, à sua popularização nas redes sociais.
A expressão, no entanto, não tem nada de moderna. De acordo com a página oficial da universidade, o primeiro uso de “brain rot” data de 1.854. Ela foi utilizada no livro “Walden ou A Vida nos Bosques”, de Henry David Thoreau.
A obra fala sobre viver sozinho em uma cabana na floresta. Ou seja, não tem nada a ver com vídeos do TikTok ou no Instagram.
![redes sociais](https://i0.wp.com/euclidesdiario.com/wp-content/uploads/2024/12/1733174244_1_Cerebro-podre-entenda-o-que-e-brain-rot-eleita-a.jpg?resize=1024%2C576&ssl=1)
E só, por curiosidade, o concurso de Oxford ocorre há aproximadamente 20 anos. A primeira palavra escolhida foi “chav” (gíria britânica para classe trabalhadora).
Ao longo dessas duas décadas, a equipe da universidade já elegeu como vencedoras expressões que fazem parte do nosso dia a dia, como “podcast” e “selfie”.
As informações são do Tech Crunch.