A Controladoria-Geral da União (CGU) anunciou, nesta terça-feira (23), medidas administrativas imediatas contra o servidor David Cosac Junior, após a divulgação de um caso de agressão a uma mulher e seu filho de 4 anos, ocorrido em Brasília no dia 7 de dezembro. Em nota oficial, a CGU expressou indignação em relação ao episódio e informou que já tomou providências para investigar os fatos. O ministro Vinícius Marques de Carvalho enfatizou que a violência contra mulheres e crianças é crime, caracterizando o ato como uma violação da lei e uma afronta à dignidade humana.
Entre as ações adotadas, a CGU encaminhou as informações à Corregedoria-Geral da União (CRG) e à Comissão de Ética do órgão, iniciando uma investigação preliminar para apurar possíveis infrações éticas e disciplinares. Além disso, a designação de David Cosac Junior como substituto eventual da chefia imediata foi revogada, com a publicação da medida em uma edição extraordinária do Diário Oficial da União (DOU). O servidor também está proibido de acessar os prédios da CGU enquanto as investigações estiverem em andamento, visando preservar o ambiente institucional.
David Cosac Junior é auditor federal de Finanças e Controle da CGU desde 2016, possui mestrado em Ciências de Dados e atua como palestrante, educador financeiro e coach. O caso ganhou notoriedade após a divulgação de imagens de câmeras de segurança que mostraram a mulher sendo agredida enquanto segurava a criança no colo. As agressões continuaram mesmo após ambos caírem no chão, conforme os registros analisados pela polícia.
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) tomou conhecimento do caso após receber uma denúncia anônima acompanhada de um vídeo, que foi encaminhada à Divisão de Controle de Operações Especiais (DICOE). Os policiais localizaram o suspeito em um edifício residencial em Águas Claras. Durante a abordagem, o homem alegou que havia terminado recentemente o relacionamento com a vítima e que um desentendimento teria precedido as agressões. A delegada Elizabeth Frade, da 21ª Delegacia de Polícia, relatou que o conflito começou quando o agressor pediu que a criança saísse do colo da mãe para ajudá-lo a carregar compras, o que foi recusado pelo menino. A mãe também informou que, no mesmo dia, a criança foi agredida novamente após retornarem de uma viagem.
A mãe e o filho foram orientados a comparecer à 21ª DP e, em seguida, encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML), onde exames periciais confirmaram lesões em ambos. Até o momento, não houve prisão, e o caso continua sob investigação pela Seção de Atendimento à Mulher da 21ª Delegacia de Polícia, que dará continuidade aos procedimentos. A CGU reafirmou que acompanhará o caso e reiterou seu compromisso de repúdio a qualquer forma de violência, especialmente contra mulheres e crianças.
A CGU divulgou uma nota na qual expressa sua indignação em relação às agressões cometidas por um servidor e reafirma que a violência contra mulheres e crianças é crime, não se tratando de um desentendimento pessoal. O órgão destaca que o enfrentamento à violência contra a mulher é uma prioridade do Governo do Brasil e um dever das instituições públicas, reafirmando seu compromisso com os direitos humanos e a ética no serviço público. A CGU também se compromete a acompanhar o caso e a adotar todas as providências cabíveis, respeitando o devido processo legal.
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