A clínica de estética Clinday publicou uma nota de esclarecimento após a morte da paciente Veruska Rendall de Carvalho, de 54 anos, durante uma cirurgia plástica, nesta terça-feira (18). Informações apontam que o procedimento estético teria durado cerca de 15 horas, se iniciando na última segunda-feira (17) e terminando nesta manhã.
“A Clinday vem a público manifestar seu profundo pesar pelo falecimento de paciente atendida em sua unidade na manhã de hoje, dia 18/02/2025”, escreveu a clínica. A unidade, localizada em Ondina, foi interditada na manhã desta terça-feira (18), para a remoção do corpo da vítima.
“No momento, estamos colaborando integralmente com as autoridades para esclarecer os fatos com total transparência e que acompanhará de perto o acontecimento e seus desdobramentos, a fim de garantir total conforto à família e a precisa elucidação do caso”, diz a nota, publicada em perfis das redes sociais da empresa e assinada pelo Dr. Catulo Santana.
Foto: Reprodução / Redes Sociais
Segundo informações obtidas pelo Bahia Notícias, Veruska teria sido submetida para diversos procedimentos de uma única vez, em diferentes partes do corpo, além de enxertos – técnica cirúrgica utilizada para transferir tecidos de uma parte do corpo para outra. No entanto, durante a cirurgia que levou cerca de 15h, a paciente teve uma parada cardíaca, não resistindo e indo a óbito.
A investigação oficial está sendo feita pela Polícia Civil e pela Polícia Técnica. O Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (Cremeb), por sua vez, anunciou a abertura de uma sindicância para investigações das normas e práticas da clínica em questão.
Em nota divulgada ainda nesta terça, o Conselho afirma que “irá dar prosseguimento aos ritos da apuração de acordo com o previsto no Código de Processo Ético-Profissional (CPEP)”. “Em decorrência da disposição prevista no CPEP, esclarecemos que todos os processos na autarquia federal tramitam em sigilo processual, respeitando o amplo direito de defesa e do contraditório”. A organização detalhou ainda que a família poderá participar das ações, por meio de um “representante habilitado”. (Atualizada às 17h11)
Confira a nota do Conselho na íntegra:
“O Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (Cremeb) informa que instaurou ex-officio uma sindicância referente ao caso. No entanto, a qualquer momento, querendo, a família, através de representante habilitado, pode fazer parte do polo ativo da demanda. O Conselho irá dar prosseguimento aos ritos da apuração de acordo com o previsto no Código de Processo Ético-Profissional (CPEP). Em decorrência da disposição prevista no CPEP, esclarecemos que todos os processos na autarquia federal tramitam em sigilo processual, respeitando o amplo direito de defesa e do contraditório. Por fim, havendo sanções públicas transitadas em julgado, serão disponibilizadas para conhecimento da sociedade”
