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Com busca por arrecadação, Brasil teve em 2024 maior carga tributária em mais de 20 anos

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Com busca por arrecadação, Brasil teve em 2024 maior carga tributária em mais de 20 anos

Brasil atinge maior carga tributária bruta dos últimos 22 anos, chegando a 32,2% do PIB
Em 2024, o Brasil registrou a maior carga tributária bruta (CTB) dos últimos 22 anos, alcançando 32,2% do Produto Interno Bruto (PIB). Esse aumento de 1,98 ponto porcentual em relação a 2023, quando a carga era de 30,22%, foi divulgado pela Receita Federal. Caso não houvesse mudanças na metodologia de cálculo, o percentual teria chegado a 34,12%. Para o levantamento de 2024, foram excluídas as contribuições das empresas ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e ao Sistema S, que financiam sistemas de aprendizado e cultura vinculados a empresas, como Sesi, Senai e Sesc.

A Receita Federal justificou a alteração no cálculo para alinhar a carga tributária brasileira às diretrizes metodológicas internacionais, como as do Fundo Monetário Internacional (FMI) e da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Embora os recolhimentos ao FGTS e ao Sistema S sejam obrigatórios para as empresas, a exclusão se baseia no argumento de que o FGTS pertence aos trabalhadores e que os recursos do Sistema S não estão sob controle do poder público. Para facilitar a comparação ao longo do tempo, os valores dos anos anteriores foram recalculados com os novos critérios, resultando em uma redução consistente na carga tributária ao longo da série.

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Aumento da carga tributária foi impulsionado por tributos federais e estaduais

O aumento da carga tributária em 2024 foi impulsionado principalmente por elevações nas esferas federal e estadual, com aumentos também nas três esferas governamentais. No setor federal, as maiores contribuições vieram de PIS/Pasep e Cofins, seguidas pelo imposto de renda retido na fonte da pessoa física (IRPF), imposto sobre produtos industrializados (IPI), imposto sobre comércio exterior, imposto de renda da pessoa jurídica (IRPJ) e contribuição social sobre o lucro líquido (CSLL). Nos Estados, o aumento mais significativo foi observado no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e no Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCD). No nível municipal, o aumento do Imposto sobre Serviços (ISS) foi menor, de 0,09 ponto porcentual.

Participação da União e Municípios na arrecadação cresce, enquanto Estados apresentam queda

A série histórica da participação dos entes federativos na arrecadação total mostra uma tendência clara: a União e os Municípios estão ampliando suas fatias na arrecadação, enquanto os Estados apresentam uma trajetória de queda desde 2021. Em 2024, a participação da União atingiu 66,14%, e a dos Municípios foi de 7,59%, ligeiramente inferior ao valor registrado em 2023 (7,66%), que foi o maior desde 2015. Já os Estados, com 26,28%, alcançaram o menor patamar do período analisado. O relatório da Receita também destaca que, embora a carga tributária total do Brasil esteja próxima da média da OCDE, sua composição é distinta, com menor tributação sobre renda e propriedade no país.

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