Com a aprovação do financiamento para custear a implementação do “Teleférico do Subúrbio”, a prefeitura de Salvador projeta começar as obras no final deste ano ou no início de 2026. Sob a batuta da Fundação Mário Leal Ferreira (FMLF), o projeto deve ser finalizado em maio e encaminhado para a Superintendência de Obras Públicas (Sucop) orçar as intervenções.
As informações foram confirmadas ao Bahia Notícias pela presidente da FMLF Tânia Scofield nesta terça-feira (18). A gestora indicou que a prefeitura realiza os últimos ajustes e estudos para lançar o processo licitatório que deve durar entre três e quatro meses.
Scofield revelou que o projeto agrega duas obras, a civil e a eletromecânica — responsável pela instalação de cabos e cabines do equipamento. “O teleférico terá 4,3 km de extensão, com quatro estações e une Campinas de Pirajá, ao lado da estação de metrô, tem uma estação em Pirajá, no Rio Sena, que vai atender toda aquela parte alta e tem uma estação em Praia Grande, na Suburbana”, disse.
Foto: Divulgação / FMLF
A presidente da fundação também confirmou que a operação do Teleférico do Subúrbio contará com 110 cabines, e o percurso terá duração de 18 minutos. Por fim, ressaltou que o modal utiliza energia limpa e não emite grande ruídos, já que é elétrico.
“A capacidade para a primeira fase é de 4 mil passageiros nos dois sentidos. Ou seja, dá 23 mil passageiros por dia. Cada cabine transporta até dez pessoas por viagem”, acrescentou Tânia.
O TELEFÉRICO
Na semana passada, o prefeito de Salvador, Bruno Reis, assinou um contrato de financiamento de US$ 125 milhões (cerca de R$ 720 milhões) junto ao Banco de Desenvolvimento da América Latina e Caribe (CAF) para a execução do Programa Salvador Inclusiva, que prevê a implementação do teleférico.
Foto: Divulgação / FMLF
As cabines serão sustentadas por 27 torres, permitindo a conexão da Av. Suburbana e de bairros populosos — como Praia Grande, Periperi, Mirantes de Periperi, Rio Sena e Alto da Terezinha — com a BR-324, tendo como ponto final a Estação Campinas de Pirajá do Metrô de Salvador. O teleférico fará parte da rede municipal de mobilidade de Salvador, com integração aos demais modais da capital baiana.
Em abril do ano passado, a gestão de Bruno Reis fechou contrato com a empresa MD Engenheiros Associados S/S para a elaboração de um projeto estrutural das fundações das 27 torres da chamada “Linha 1 de sustentação dos cabos” e superestrutura de quatro estações do teleférico Salvador. O contrato foi fechado por meio de inexibilidade de licitação e possui valor de R$ 550 mil.
No documento de análise de pré-viabilidade, os estudos foram feitos pela própria Fundação Mário Leal Ferreira, pelo banco estatal alemão KfW e a Ingeniería de Sistemas de Transporte e Cables (ISTC) — Engenharia de Sistemas de Transportes e Cabos. A última é uma empresa colombiana especializada no desenvolvimento de sistemas de transporte a cabo.
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