O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB) 26 de setembro de 2025 | 20:30
Condenação de Bolsonaro: Alckmin diz que população quer aumentar pena e não reduzir
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), disse que a população brasileira não quer redução de penas para os condenados por tentativa de golpe de Estado. Alckmin admitiu a possibilidade de alterar o Código Penal para rever penas, mas disse que a sociedade quer que as penas subam, não que baixem.
O ex-presidente Jair Bolsonaro foi condenado a 27 anos e três meses de prisão e está em negociação no Congresso um projeto para reduzir sua pena e dos demais condenados por tentativa de golpe.
“Acho que a gente tem que agir com cautela neste momento e confiar na justiça”, afirmou em entrevista ao apresentador Datena na Rede TV.
Ele elogiou a decisão do Senado Federal de arquivar a PEC da Blindagem. O texto tinha o objetivo de resgatar o recurso da licença prévia, mecanismo da Constituição derrubado em 2001, que previa o poder dos congressistas de autorizar ou barrar processos judiciais e ordens de prisão contra membros do Parlamento.
“Em relação à PEC da Blindagem, eu acho que o Senado tomou a medida correta. O que a sociedade quer? Ela quer mais transparência, mais responsabilidade e espírito público. A PEC da blindagem fazia o contrário. Menos transparência, menos responsabilidade e menos o interesse coletivo”, disse Alckmin.
Em relação à questão da anistia a condenados pelos atos golpistas de 8 de Janeiro, Alckmin destacou que Constituição Brasileira estabelece os três poderes da República. “E tem uma ordem. O primeiro poder é o Legislativo, o segundo é o Executivo. As leis, que não é para mim ou para você, é para todos. Ninguém está acima da lei”, disse.
“O Judiciário dá a última palavra. Então a última palavra, quando você tem discussão em relação à lei, é do Judiciário, ele é o último a falar”, prosseguiu.
O vice-presidente disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é “o candidato natural” a concorrer à Presidência da República em 2026 e “tem o que mostrar”.
Ele evitou dar indicações sobre seu futuro político. Alckmin é cotado a concorrer ao governo de São Paulo, ao Senado Federal ou a se manter na chapa presidencial de Lula nas eleições do ano que vem.
“Nós estamos em ano ímpar. Então, candidato a presidente só se for do Santos Futebol Clube”, disse Alckmin.
“O presidente Lula, Datena, é o candidato natural. E tem o que mostrar. Mas isso tem seu tempo, é o ano que vem”, finalizou.
Flávia Said/Estadão
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