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Conheça artista por trás do sucesso ‘Garçom, tem Pitú?’ que tem mais 24 milhões de views e foi apadrinhada por Carlinhos Maia

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“Comandante, capitão, tio, brother, camarada…”, esses são os apelidos cantados por Samuel Rosa para se referir aquele que serve bebidas em um bar. Mas Laércia Dantas é bem mais prática ao fazer seu pedido, basta um assovio seguido de um “garçom”, que já é possível chamar a atenção do funcionário para falar qual vai ser a da vez na rodada: “TEM PITÚ?”.

 

O bordão da paulista, que atualmente vive em Picos, no Piauí, conquistou os quatro cantos do país e se tornou um dos vídeos mais virais das redes sociais nos últimos trinta dias, com mais de 24 milhões de visualizações.

 

 

“Eu sempre falei isso, sempre brinquei no início das músicas. ‘Garçom, traz uma dose aí’, ‘Eita, lasqueira’, e eu sempre brinquei antes de começar as músicas. Só que o ‘Tem Pitú? Traz’, virou, né? Aí começou só no TikTok. Foi quase 100 mil vídeos feitos usando a música. Todo mundo fazendo”, conta a sensação do momento ao Bahia Notícias.

 

O bordão foi tão forte que tem rendido para a artista parcerias com outras marcas. “Outras bebidas já estão entrando em contato, porque agora virou moda. ‘Garçom, tem Pitú?/ Garçom, tem cerveja?’ Aí pega a marca da cerveja e muda o roteiro. Depende qual é a marca que vai querer que a gente mude o roteiro”.

 

Além dos “feats” comerciais, o meme deu a Laércia a oportunidade de lançar o primeiro álbum em uma plataforma digital. Intitulado com o bordão que a marcou nas redes sociais, o projeto é uma parceria com a Acertei Produções, com distribuição pelo Sua Música Digital e está disponível em todas as plataformas.

 

Foto: Internet

 

Apaixonada pela “música do passado”, e tendo como inspirações Diana, Roberta Miranda, Simone e Amado Batista, Laércia revelou ao site que iniciou a vida na música antes mesmo das redes sociais ter a potência que tem atualmente, e decidiu investir no brega e no arrocha ao perceber a crescente do gênero.

 

“Eu comecei desde cedo, desde os meus 15 anos a tocar na noite, fazer shows. Eu aprendi muito cedo a tocar teclado só que aí eu morava em São Paulo, nasci em São Paulo, fui para o Piauí em 2003 e lá eu fiquei até hoje. Eu sempre gostei das músicas antigas, cresci junto com meu pai e com a minha mãe escutando. E combina com o arrocha, com o brega. Então, eu trouxe as músicas que eu gosto para esse estilo. E vi também que o arrocha é o que tem crescido mais.”

 

A vida na internet teve início em 2019, antes da pandemia. Na época, Laércia trocou as contas de matemática para investir nas contas das redes sociais, trocando a experiência na sala de aula, ainda que tenha sido uma passagem rápida, para viver o sonho da carreira artística.

 

“Comecei em 2019 a fazer vídeo para a internet, a sério mesmo. Publicava um, dois, três vídeos por dia e aí aconteceu, graças a Deus. O Instagram era que eu menos trabalhava, eu trabalhava mais era TikTok, Facebook, Kawai, Youtube […] Eu só dei dois anos de aula, quando eu formei mesmo, peguei dois anos de aula só, eu gostei demais, adorei dar aula. Só que eu falei isso ainda não é isso, como eu já trabalhava com música, decidi seguir o meu sonho, minha vontade que é de cantar, de tocar teclado”, revelou.

 

E a virada de chave veio seis anos depois dos primeiros vídeos compartilhados. Antes, Laércia tinha o TikTok como principal plataforma, até receber um conselho do “Rei do Instagram”.

 

“Quem me trouxe para o Instagram mesmo foi o Carlinhos Maia, quando eu fui convidada para o bar dele, ele disse, ‘Não, o Instagram é a Globo praticamente’, e aí deu certo, tanto é que foi a primeira rede que eu bati mais de um milhão de seguidores foi lá. Carlinhos Maia viu que eu tava viral lá no TikTok, e foi no meu Instagram. Ele entrou em contato comigo pelo Instagram, e falou, ‘Quero você cantando no meu barzinho’.”

 

 

O influenciador conheceu Laércia através do vídeo viral do ‘Garçom, tem Pitú? Traz’, e se tornou o padrinho da paulista na carreira na internet.

 

“O primeiro conselho que ele me deu foi para não ligar para as críticas, porque você vai ter muitas críticas lá. Isso é um conselho de uma pessoa que já trabalha há anos na internet. Disse para focar muito no meu trabalho e continuar do jeito que eu comecei, para não perder a essência, que sou eu no teclado, que a galera gosta muito. Ele também deixou as portas abertas para caso eu queira conversar. Foi a primeira pessoa que abriu as portas para mim.”

 

Diferente de quem cresce na mídia de forma repentina, Laércia não foi modesta ao responder a fatídica questão “você já imaginava que isso iria aconhecer?”. Para a artista, a música sempre foi uma realidade, o único ponto a ser definido seria quando, que para Laércia seria no tempo de Deus.

 

Foto: Instagram

 

“Eu tinha certeza que isso ia acontecer um dia, mas eu sabia que era um tempo dele, no tempo de Deus. E eu só pedia saúde para continuar gravando meus conteúdos. Meu marido até de prova falava para ele, ‘ó, espera aí que vai dar certo’. Eu parei de trabalhar, eu era professora de matemática, parei para poder me dedicar na internet todos os dias. Porque como eu já estava monetizada na internet, já estava recebendo pelos meus vídeos nas outras redes sociais, então dava para me manter.”

 

Laércia já colhe os frutos dos mais de 24 milhões de visualizações nas redes sociais com o viral. Além de viver da renda da internet atualmente, a artista se tornou “embaixadora” da Pitú e realizou o sonho de gravar com Roberta Miranda.

 

“Eles [a Pitú] me procuraram, me levaram para conhecer a fábrica e já fechamos parceria também. […] Tive contato com a Roberta Miranda, estive na casa dela, foi muito legal, gravamos algumas músicas já. Vamos lançar duas músicas, ‘Vá com Deus’, e ‘Agora é Você Quem Vai Chorar’, já tá no estúdio.”

 

 

Como conselho para quem deseja seguir o mesmo caminho nas redes sociais, Laércia pede para que quem sonha com a carreira, não desista.

 

“Eu sempre falo para todo mundo não desistir, você persistir, não querer ser o melhor, mas você dar o seu melhor. Por mais que esteja em um dia difícil, acontecendo algum problema, tem uns dias que realmente não dá mesmo para gravar, mas se for uma coisa que você respira e volta para gravar, vá lá e faça. Porque às vezes aquele dia que você não grava podia ser o dia da vida, da virada de chave.”

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