DeepSeek: China aposta na IA para alavancar crescimento econômico

1 views

A IA é vista como uma forma de impulsionar a indústria doméstica e diminuir a dependência de tecnologias estrangeiras

(Imagem: Stock all/Shutterstock)

Compartilhe esta matéria

DeepSeek, modelo de inteligência artificial (IA) desenvolvido na China, já está sendo utilizado por diversas empresas, especialmente de Pequim. A IA é vista como uma forma de impulsionar a tecnologia doméstica e diminuir a dependência de ferramentas estrangeiras.

O valor do chatbot chinês, no entanto, pode ser ainda maior. O governo chinês está apostando no produto para aumentar a produtividade e garantir um crescimento econômico do país acima do esperado.

Ferramenta pode garantir crescimento chinês

A China é atualmente uma das principais potências mundiais. Entretanto, a economia do país reduziu o ritmo de crescimento nos últimos anos em meio a uma crise imobiliária e temores de que os objetivos propostos por Pequim não sejam atingíveis.

Neste cenário, a chegada do DeepSeek pode ser uma verdadeira tábua de salvação. Isso porque analistas acreditam que a IA possa garantir um aumento da produtividade em território chinês já a partir do ano que vem.

deepseek
Uso da IA pode aumentar a produtividade na China (Imagem: Mojahid Mottakin/Shutterstock)

O desenvolvimento da tecnologia sugere que os impactos da inteligência artificial na economia pode ser mais rápidos do que o esperado. Além disso, motivou uma reavaliação da capacidade de investimento chinesa.

Desde o lançamento da ferramenta, as ações da China registraram uma forte valorização (além de terem derrubado algumas empresas ocidentais). O índice MSCI China, por exemplo, subiu mais de 21% em relação à baixa de janeiro, de acordo com dados da LSEG. As informações são da CNBC.

Leia mais

Tela inicial do DeepSeek em um smartphone
Chatbot chinês virou sensação e atraiu olhares do mundo todo (Imagem: Poetra.RH/Shutterstock)

DeepSeek é considerada uma ameaça para outras gigantes do setor

  • A IA do DeepSeek foi projetada para lidar com tarefas complexas de raciocínio e tem apresentado resultados que vêm surpreendendo o mercado.
  • O grande diferencial é o baixo custo da tecnologia, o que pode ameaçar a posição dominante dos principais players.
  • Para se ter uma ideia, o modelo chinês foi treinado ao custo de aproximadamente US$ 6 milhões, enquanto ferramentas como o Llama 3.1, da Meta, custaram mais de US$ 60 milhões para serem desenvolvidos.
  • A empresa chinesa adota estratégias como o chamado aprendizado por reforço, que permite que os modelos aprendam por tentativa e erro.
  • Além disso, ativa apenas uma fração dos parâmetros do modelo para tarefas específicas, economizando recursos computacionais.
  • E melhora a capacidade dos modelos de processar dados e identificar padrões complexos.
  • A startup ainda adota um modelo parcialmente aberto, permitindo que pesquisadores acessem seus algoritmos.
  • Isso democratiza o acesso à IA avançada e promove maior colaboração na comunidade global de pesquisa.
Alessandro Di Lorenzo

Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital

Ana Luiza Figueiredo

Redator(a)

Ana Luiza Figueiredo é repórter do Olhar Digital. Formada em Jornalismo pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), foi Roteirista na Blues Content, criando conteúdos para TV e internet.

Rolar para cima