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DeepSeek: IA chinesa é expulsa de lojas de aplicativos na Alemanha

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Autoridades alemãs acusaram o DeepSeek de transferir ilegalmente dados pessoais dos usuários da IA para a China

(Imagem: Mojahid Mottakin/Shutterstock)

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Autoridades de diversos países continuam de olho no DeepSeek. O desenvolvimento da inteligência artificial chinesa despertou uma série de temores e a plataforma é vista até mesmo como uma ameaça à segurança nacional de algumas nações.

Em meio a este cenário, autoridades de proteção de dados da Alemanha pediram que a Apple e o Google removam a IA de suas lojas de aplicativos. A justificativa apresentada é que a ferramenta transfere ilegalmente os dados pessoais dos usuários para a China.

Logo do DeepSeek em um smartphone; ao fundo, parte da bandeira da China desfocada
Ligação do DeepSeek com o governo chinês preocupa autoridades ocidentais (Imagem: Rokas Tenys/Shutterstock)

Empresa não adotou medidas para aumentar segurança dos dados

De acordo com a responsável pela proteção de dados e liberdade de informação do governo alemão, Meike Kamp, a empresa chinesa “não foi capaz de fornecer evidências convincentes de que os dados dos usuários alemães são protegidos na China em um nível equivalente ao da União Europeia”. Ela ainda ressaltou que o governo chinês pode acessar estes dados pessoais.

As autoridades da Alemanha ainda destacaram que foi pedido ao DeepSeek que adotasse algumas medidas para resolver as questões. No entanto, nada foi feito e houve a decisão de retirar a ferramenta das lojas de aplicativos, segundo informações da Reuters.

App Store Google Play
Lojas de aplicativos não poderão mais disponibilizar a IA chinesa na Alemanha (Imagem: Poetra.RH/Shutterstock)

A empresa chinesa não se pronunciou oficialmente sobre o assunto. Anteriormente, ela já havia negado acusações do tipo, afirmando que apenas armazena os dados pessoais em computadores na China, mas sem permitir o acesso a estas informações.

Outros países também adotaram medidas contra o dispositivo. A Itália, por exemplo, proibiu o download da IA, enquanto os Países Baixos (Holanda) impedem o uso da ferramenta em dispositivos do governo. Já nos Estados Unidos, um projeto de lei visa impedir a utilização do DeepSeek em todas as agências federais.

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DeepSeek virou um dos principais concorrentes do ChatGPT, financiado pela Microsoft (Imagem: Koshiro K/Shutterstock)

Lançamento do DeepSeek foi um marco

  • A IA do DeepSeek foi projetada para lidar com tarefas complexas de raciocínio e tem apresentado resultados surpreendentes.
  • O grande diferencial é o baixo custo da tecnologia, o que pode ameaçar a posição dominante dos principais players.
  • Para se ter uma ideia, o modelo chinês foi treinado ao custo de aproximadamente US$ 6 milhões, enquanto ferramentas como o Llama 3.1, da Meta, custaram mais de US$ 60 milhões para serem desenvolvidos.
  • A empresa chinesa adota estratégias como o chamado aprendizado por reforço, que permite que os modelos aprendam por tentativa e erro.
  • Além disso, ativa apenas uma fração dos parâmetros do modelo para tarefas específicas, economizando recursos computacionais.
  • E melhora a capacidade dos modelos de processar dados e identificar padrões complexos.
  • A startup ainda adota um modelo parcialmente aberto, permitindo que pesquisadores acessem seus algoritmos.
  • Isso democratiza o acesso à IA avançada e promove maior colaboração na comunidade global de pesquisa.
Alessandro Di Lorenzo

Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.


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