O dólar encerrou o pregão desta terça-feira (25) com uma desvalorização de 0,35%, atingindo a cotação de R$ 5,3761. Simultaneamente, o Ibovespa registrou um avanço de 0,34%, alcançando 155.803 pontos, por volta das 17h. Este desempenho dos ativos financeiros reflete um otimismo generalizado no mercado global, impulsionado pela expectativa de possíveis reduções nas taxas de juros pelo Federal Reserve (Fed) já em dezembro. Além disso, sinais internos sobre a trajetória futura da taxa Selic também influenciaram o comportamento do mercado.
A moeda americana perdeu força em relação ao real em meio ao aumento das apostas de que o banco central dos Estados Unidos irá reduzir as taxas de juros na próxima reunião do Comitê Federal do Mercado Aberto (Fomc), agendada para os dias 9 e 10 de dezembro. A ferramenta FedWatch, do CME Group, indicava uma probabilidade de 84,7% de um corte para a faixa de 3,50% a 3,75% ao ano, um ligeiro aumento em relação aos 84,4% registrados no dia anterior.
Análise do Cenário Econômico Americano
O mercado financeiro acompanhou de perto as declarações de dirigentes do Fed e a divulgação de novos indicadores econômicos. O diretor Stephen Miran observou que o recente aumento do desemprego nos EUA está relacionado à postura “excessivamente restritiva” da política monetária. Segundo ele, a manutenção das taxas de juros atuais pode levar a uma deterioração ainda maior no mercado de trabalho. Miran foi um dos votos dissidentes na última decisão do Fomc, defendendo uma redução mais acentuada de 0,50 ponto percentual.
Impacto dos Indicadores de Confiança do Consumidor
Entre os dados divulgados nesta terça-feira, o índice de confiança do consumidor, medido pela Conference Board, apresentou uma queda de 95,5 em outubro para 88,7 em novembro, ficando abaixo das projeções dos economistas consultados pela Reuters.
Dinâmica do Mercado Brasileiro
No Brasil, o dia de negociações foi marcado por eventos com a participação do vice-presidente Geraldo Alckmin e do diretor de Política Monetária do Banco Central, Nilton David. O presidente do BC, Gabriel Galípolo, compareceu ao Senado, onde defendeu a manutenção da taxa Selic em 15% ao ano.
Durante a manhã, Nilton David afirmou que um aumento na Selic “não está mais no cenário-base” da autoridade monetária. Em evento da EuroFinance, em São Paulo, ele ponderou que o ambiente ainda é incerto, mas destacou que os dados econômicos estão convergindo para o esperado pelo BC. “Hoje, o esperado, se formos bem-sucedidos, é que o próximo movimento seja de corte. A questão só é quando”, disse o diretor, indicando que a possibilidade de elevação das taxas de juros deixou de ser considerada no cenário central.
Fonte: https://gazetabrasil.com.br
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