Dólar sobe com realização após 12 quedas e de olho em commodities fracas 05 de fevereiro de 2025 | 10:15
Dólar sobe com realização após 12 quedas e de olho em commodities fracas
O dólar abriu em baixa na manhã desta quarta-feira, 5, alinhado à tendência internacional e ao recuo dos juros dos Treasuries. Porém, a divisa americana ganha força moderada, com uma realização de lucros após 12 sessões em queda e diante da ampliação das perdas do petróleo e recuo de 0,99% do minério de ferro.
Na volta do feriado de uma semana, os investidores reagem a uma desaceleração dos PMIs da China em janeiro.
Investidores locais digerem ainda uma queda da produção industrial brasileira, que em dezembro foi menos intensa do que previa o mercado e houve crescimento maior em 2024.
Na abertura, predominou um viés negativo, puxado pelo exterior. Há expectativas de que os governos dos EUA e da China possam chegar a um acordo em torno da elevação adicional das tarifas comerciais bilaterais. Uma conversa entre os presidente Donald Trump e Xi Jinping estava prevista ontem, mas ainda não aconteceu.
Analistas e entidades empresariais estrangeiros afirmam que as tarifas podem causar desaceleração da atividade econômica e aumento da inflação global. Isso porque há dependência da economia americana das importações e é esperado que o impacto da elevação de tarifas sobre os custos de produção seja repassado aos preços ao consumidor.
A ministra Esther Dweck anunciou que os servidores federais que tiveram reajuste salarial receberão pagamento retroativo dos meses de janeiro, fevereiro e março deste ano, após a aprovação final da LOA de 2025. A decisão foi feita durante sua participação no programa “Bom dia, Ministra”, da EBC. A Comissão Mista de Orçamento tem prazo até 10 de março para votar a proposta, e o relator, senador Angelo Coronel, informou que ainda há ajustes pendentes no texto, previstos para ocorrer ainda este mês após reuniões com os novos presidentes da Câmara e do Senado.
Às 9h56, o dólar à vista subia 0,25%, a R$ 5,7869. O dólar futuro para março subia 0,55%, a R$ 5,8125.
Silvana Rocha/Estadão Conteúdo