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Economistas aumentam previsão do PIB e reduzem a do dólar pela 4ª semana consecutiva

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Economistas aumentam previsão do PIB e reduzem a do dólar pela 4ª semana consecutiva

Foto: Divulgação
As previsões da taxa básica de juros (Selic) e da inflação, que é medida pelo IPCA, foram mantidas, mostra o relatório 26 de maio de 2025 | 09:56

Economistas aumentam previsão do PIB e reduzem a do dólar pela 4ª semana consecutiva

Os economistas consultados pelo BC (Banco Central) aumentaram a projeção para o PIB (Produto Interno Bruto) deste ano e diminuíram a do dólar, revela o boletim Focus desta segunda-feira (26). As previsões da taxa básica de juros (Selic) e da inflação, que é medida pelo IPCA, foram mantidas, mostra o relatório.

O levantamento trouxe o segundo aumento consecutivo para o PIB, que deve crescer 2,14% ao fim deste ano na perspectiva dos analistas. A previsão para 2026 foi mantida em 1,70% é a quinta vez neste patamar.

Na semana passada (19), o governo elevou as projeções de crescimento da economia e da inflação deste ano, reforçando sinais de que a economia nacional continua resiliente mesmo oito meses após iniciado o ciclo de aumento dos juros por parte do Banco Central.

O Ministério da Fazenda elevou a projeção para o PIB em 2025 de 2,3% para 2,4% e para o IPCA de 4,9% para 5%. O agronegócio deve ser o setor de maior crescimento, com expansão de 6,3%, enquanto a indústria deve avançar 2,2% e o setor de serviços, 2%.

De acordo com a pasta, as maiores estimativas para o PIB foram geradas principalmente pela previsão de um primeiro trimestre mais forte do que o anteriormente previsto, além de uma maior produção agropecuária ao longo do ano. A atividade tende a se desacelerar e ficar próxima à estabilidade no segundo semestre.

O boletim Focus também trouxe uma queda nas expectativas para o preço do dólar. A moeda americana deve atingir R$ 5,80 em 2025 e R$ 5,90 em 2026, de acordo com as projeções. É a quarta semana consecutiva em que a projeção do dólar para este ano cai.

O índice tem acompanhado a guerra comercial travada pelos EUA. Na última sexta-feira (23), Donald Trump anunciou que vai impor tarifas de 50% sobre a UE (União Europeia) a partir de 1º de junho.

Caso se confirme, a tarifa de 50% seria mais do que o dobro da taxa que o presidente dos EUA anunciou para a UE em seu autoproclamado Dia da Libertação em 2 de abril. O anúncio da medida ocorreu duas semanas depois de os EUA definirem uma trégua tarifária com a China.

No domingo (25), contudo, em recuo parcial, o presidente americano anunciou que a taxa de 50% sobre a UE começaria a partir de 9 de julho.

Trump disse a jornalistas ter atendido ao pedido de Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, e que as conversas começariam “rapidamente”.

As previsões do IPCA foram mantidas após 5 semanas consecutivas de quedas. Segundo o relatório, a inflação deve atingir 5,5% no final deste ano e 4,5% em 2026.

No começo de maio, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) revelou que a inflação oficial do Brasil, medida pelo IPCA, desacelerou a 0,43% em abril, após marcar 0,56% em março. Em 12 meses, o IPCA passou a acumular alta de 5,53% até abril.

Com isso, o acumulado se distanciou do teto de 4,5% da meta de inflação perseguida pelo BC (Banco Central). O centro da meta perseguida pelo BC é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

A confirmação de um caso de gripe aviária no Rio Grande do Sul e as consequentes restrições impostas por alguns países à importação do frango brasileiro devem pressionar para baixo os preços da ave no mercado doméstico nos próximos meses.

A avaliação é de economistas especializados em inflação, que apontam que o cenário mais provável é de queda entre 0,05 ponto percentual a 0,10 ponto percentual no IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que é a inflação oficial do país.

A projeção da Selic foi mantida pela terceira semana consecutiva. A mediana das projeções para a Selic em 2025 é de 14,75%. Para 2026, a previsão é de que a taxa atinja 12,5% (é a 16ª semana com a projeção).

No começo de maio, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central se reuniu e elevou para 14,75% a Selic. A taxa básica de juros atingiu o maior nível em 20 anos, superando o patamar atingido durante a crise do governo de Dilma Rousseff (PT), que foi de 14,25%.

O boletim Focus reúne previsões de uma centena de economistas e é divulgado semanalmente pelo Banco Central.

Matheus dos Santos / Folhapress




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