O procurador-geral da República, Paulo Gonet 22 de setembro de 2025 | 17:35
Eduardo e Paulo Figueiredo dizem que Gonet é lacaio de Moraes e apresentou denúncia fajuta
O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o comentarista Paulo Figueiredo divulgaram uma nota em resposta a uma denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República, que os acusa de coação.
Eles classificaram o processo como “fajuto” e alegaram que a atuação da PGR representaria repressão transnacional. Na nota, a dupla se refere ao procurador-geral da república, Paulo Gonet, como “lacaio” do ministro do STF Alexandre de Moraes.
“Recebemos pela imprensa a notícia de mais uma denúncia fajuta dos lacaios de Alexandre de Moraes na PGR, desta vez sob a alegação de “coação”. Sobre isso, vale esclarecer”, diz a nota.
À reportagem, Paulo Figueiredo afirmou que “o PGR, no fundo, é um frouxo” e que a denúncia “não faz sentido”.
“Não faz sentido nenhum ter nos denunciado por algo que não temos condições de fazer. Nós não temos condições de sancionar ninguém. Quem tem é o Trump, Bessent e Rubio. Por que não denunciou a eles? Quem tem, tem medo”, disse Figueiredo.
Os dois destacaram que residem nos Estados Unidos e, portanto, estariam protegidos pela Primeira Emenda da Constituição americana, que garante o direito de peticionar ao governo. Afirmaram ainda que a denúncia reforça a necessidade de uma anistia “ampla, geral e irrestrita” no Brasil.
Segundo eles, o caso evidencia perseguição política e estaria ligado às sanções impostas recentemente pelos Estados Unidos a Moraes. “Não nos intimidaremos”, escreveram, afirmando que só se manifestarão formalmente quando forem comunicados por vias legais entre os dois países.
“O momento da publicação, logo após novas sanções dos EUA, evidencia a perseguição política em curso. Mas é uma perda de tempo: não nos intimidaremos. Pelo contrário, isso apenas reforça o que temos afirmado repetidamente — que a anistia ampla, geral e irrestrita é o único caminho para o Brasil. Meias-medidas apenas agravarão o problema”, afirma o texto.
Veja a nota na íntegra:
“Recebemos pela imprensa a notícia de mais uma denúncia fajuta dos lacaios de Alexandre de Moraes na PGR, desta vez sob a alegação de “coação”. Sobre isso, vale esclarecer:
1. Vivemos nos Estados Unidos, sob a jurisdição, portanto, da Constituição americana, que na sua Primeira Emenda garante o direito de “to petition the Government for a redress of grievances” (peticionar ao Governo para corrigir abusos e injustiças). E é exatamente isso que estamos fazendo — e continuaremos a fazer.
2. A mera criminalização do exercício de um direito constitucional em outra jurisdição configura prática de repressão transnacional contra U.S. Persons. Essa é justamente uma das bases das sanções aplicadas a Alexandre de Moraes por violações de direitos humanos, bem como das tarifas comerciais impostas ao Brasil. Quem adere a esse tipo de conduta sujeita-se às mesmas penalidades e aprofunda ainda mais a crise entre Brasil e Estados Unidos.
3. O momento da publicação, logo após novas sanções dos EUA, evidencia a perseguição política em curso. Mas é uma perda de tempo: não nos intimidaremos. Pelo contrário, isso apenas reforça o que temos afirmado repetidamente — que a anistia ampla, geral e irrestrita é o único caminho para o Brasil. Meias-medidas apenas agravarão o problema.
Aguardaremos, muito pacientemente, a comunicação do processo pelas vias legais competentes entre Brasil e Estados Unidos para nos manifestarmos formalmente.”
Eduardo Bolsonaro
Paulo Figueiredo
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Mônica Bergamo/Folhapress
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