A cidade de Embu-Guaçu, situada na região metropolitana de São Paulo, continua a enfrentar severas interrupções no abastecimento de energia elétrica dias após a passagem de um ciclone extratropical pelo estado, que trouxe consigo fortes chuvas e ventos intensos. Mais da metade dos residentes, conforme dados recentes, ainda lida com a falta de luz, um cenário que impacta diretamente a rotina de milhares de famílias e a economia local. A concessionária responsável pelo fornecimento na Grande São Paulo, informou que, em uma tarde de sábado, aproximadamente 61% dos domicílios de Embu-Guaçu permaneciam sem o serviço essencial. Esta situação crítica se agrava pelo fato de que o número de afetados, que havia demonstrado uma leve melhora em dias anteriores, voltou a crescer, consolidando Embu-Guaçu como o município mais atingido pela crise energética na região metropolitana paulista. A complexidade do cenário exige uma resposta ágil e eficiente para mitigar os transtornos enfrentados pela população.

Cronologia e impacto das interrupções

Variações no restabelecimento do serviço

Inicialmente, na quarta-feira (10), a totalidade dos cerca de 67 mil moradores de Embu-Guaçu foi privada de energia elétrica, segundo informações divulgadas pela própria concessionária. Contudo, esforços de reparo permitiram que, na sexta-feira, uma parcela do serviço fosse restabelecida, reduzindo o número de clientes sem luz para 17%. Infelizmente, essa melhora foi temporária, e no sábado, o índice de residências sem energia voltou a subir, evidenciando a persistência e a complexidade dos danos causados pela intempérie. Este padrão de oscilação no restabelecimento tem gerado frustração e incerteza entre os habitantes.

Esclarecimentos da concessionária

Desligamentos para segurança e reparos

Em resposta aos questionamentos sobre o aumento no número de clientes afetados, a concessionária de energia esclareceu, por meio de nota, que a elevação se deu pela necessidade de desligar trechos da rede elétrica para a realização de reparos emergenciais. “A Enel Distribuição São Paulo esclarece que devido aos reparos para garantir segurança das equipes na execução, em alguns casos se faz necessário desligar a rede para reconstrução”, afirma o comunicado da empresa. Essa medida, embora visa a segurança das equipes e a integridade da rede, prolonga o período de interrupção para os consumidores.

Para obter informações atualizadas sobre o status do serviço em seu bairro ou para registrar uma ocorrência, os moradores de Embu-Guaçu devem entrar em contato diretamente com os canais de atendimento da concessionária ou acompanhar os comunicados oficiais da prefeitura.

Reação da administração municipal

Cobrança e indignação

A prefeitura de Embu-Guaçu manifestou profunda insatisfação com a situação, classificando-a como “inaceitável”. Em um comunicado divulgado em suas redes sociais na quinta-feira (11), a administração municipal informou ter notificado a concessionária, exigindo “respostas imediatas”. O documento ressaltou que, após os fortes ventos de 10 de dezembro, 78,16% das residências do município permaneciam sem energia, afetando famílias, comércios, serviços essenciais e, criticamente, indivíduos que dependem de equipamentos para sobreviver. A prefeitura demandou “explicações técnicas claras sobre o que aconteceu, um plano de ação com prazos, equipes e responsabilidades e a atualização completa dos bairros afetados”, enfatizando que “energia elétrica não é favor, é obrigação contratual da concessionária, assegurada por lei.”

Conclusão

A persistente falta de energia em Embu-Guaçu, resultante dos impactos do ciclone extratropical, transcende o mero inconveniente, configurando uma situação de emergência que exige atenção e resolução urgentes. A oscilação no restabelecimento do serviço, as justificativas técnicas da concessionária e a veemente cobrança da administração municipal pintam um quadro de desafios complexos. A população, por sua vez, aguarda ansiosamente o restabelecimento pleno e estável de um serviço que é fundamental para a dignidade e segurança diária, reiterando a necessidade de um plano de contingência mais robusto para eventos climáticos futuros.

Fonte: https://agenciabrasil.ebc.com.br