Avanços tecnológicos prometem transformar o mercado de trabalho com novas oportunidades, mas demandam requalificação profissional.
Um estudo do Fórum Econômico Mundial revela que a tecnologia poderá gerar 78 milhões de empregos adicionais até 2030. Embora cerca de 92 milhões de vagas sejam eliminadas devido à automação e mudanças nos modelos de trabalho, 170 milhões de novas posições surgirão, criando um saldo positivo.
Áreas que mais crescerão com a tecnologia
Os setores em ascensão estão diretamente ligados à evolução tecnológica e incluem profissões voltadas para a inovação e gestão de dados. Entre os destaques, estão:
• Especialistas em inteligência artificial e Big Data;
• Engenheiros de Fintech;
• Desenvolvedores de software;
• Especialistas em internet das coisas (IoT);
• Designers de interface e experiência do usuário (UI/UX);
• Profissionais de segurança digital e armazenamento de dados.
Além disso, áreas como transporte, com o desenvolvimento de veículos autônomos e elétricos, também prometem gerar grande demanda de trabalho.
Profissões em declínio
Com a automação e a digitalização, algumas ocupações correm o risco de desaparecer ou sofrer significativa redução. Profissões administrativas e operacionais estão entre as mais afetadas, como:
• Caixas bancários;
• Operadores de entrada de dados;
• Trabalhadores de impressão;
• Assistentes administrativos e de contabilidade.
Essas mudanças reforçam a necessidade de requalificação para garantir a reintegração desses profissionais ao mercado de trabalho.
O impacto no Brasil
No Brasil, o estudo destaca que 90% das empresas reconhecem a necessidade de ampliar as competências tecnológicas de suas equipes. Porém, muitas preferem contratar profissionais já qualificados, em vez de investir em treinamento interno.
Hugo Tadeu, diretor do Núcleo de Inovação da Fundação Dom Cabral, afirma que o momento é promissor:
“Há um potencial enorme para geração de empregos, mas será necessário um compromisso das empresas em investir na formação de seus colaboradores.”
O levantamento aponta que até 2030, 37% das habilidades dos trabalhadores brasileiros precisarão mudar. As empresas devem buscar profissionais com competências como:
• Pensamento crítico;
• Alfabetização tecnológica;
• Capacidade de análise de dados e inteligência artificial.
Como se preparar para o futuro
O relatório também sugere que trabalhadores e empresas devem apostar na capacitação contínua para se adaptarem às mudanças. As áreas com maior potencial de crescimento exigirão conhecimentos técnicos, enquanto as chamadas “soft skills”, como criatividade e resolução de problemas, ganharão ainda mais relevância.
Além disso, iniciativas governamentais e educacionais podem desempenhar papel crucial na democratização do acesso à formação tecnológica, assegurando que mais pessoas estejam preparadas para o mercado de trabalho do futuro.
DA REDAÇÃO DO EUCLIDES DIÁRIO .