Esportes de verão: Conheça mais sobre o vôlei de praia

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Esportes de verão: Conheça mais sobre o vôlei de praia

É verão na Bahia! É momento de sol, areia, mar e brisas de vento no litoral baiano, e tudo isso combina com esporte, principalmente quando se fala em vôlei de praia. Mais uma das modalidades presentes no Verão Costa a Costa, projeto do Governo da Bahia, por meio da Setre, com auxílio da Sudesb, a prática esportiva é protagonista de mais uma reportagem que faz parte da série de matérias do Bahia Notícias que segue explorando os esportes de verão. No primeiro capítulo, o assunto foi o futevôlei.

 

Derivado do vôlei de quadra, o vôlei de praia é um esporte praticado na areia da praia ou numa quadra de areia dividida em duas metades por uma rede, sendo praticado por duas equipes compostas por dois atletas cada. A modalidade vem crescendo no estado da Bahia, principalmente na região do litoral baiano, mas representando também um crescimento significativo em regiões que não tem praias.

 

A modalidade chegou no Brasil em 1930, sendo praticada de forma amadora, nas praias de Copacabana e Ipanema, no Rio de Janeiro. Em meados da década de 1950 começaram a ser realizados os primeiros campeonatos amadores masculinos nas areias das praias cariocas.

 

Em 1996, a modalidade estreou nas Olimpíadas de Atlanta. Sendo um marco para o vôlei de praia e para o Brasil, porque as duplas femininas formadas por Sandra Pires e Jackie Silva, e Adriana Samuel e Mônica Rodrigues, chegaram na final dos jogos olímpicos. Sandra e Jackie conquistaram o ouro.

 

No somatório geral, o Brasil já subiu no pódio das Olimpíadas em 14 oportunidades. Foram registrados quatro ouros, sete pratas e três bronzes.

 

VERÃO COSTA A COSTA

A terceira edição do Verão Costa a Costa já começou e neste momento atravessa as preparações para a terceira etapa do evento, que será realizada em Itacaré, entre os dias 30 de janeiro e 2 de fevereiro. 

 

Além das disputas profissionais, serão realizadas oficinas com idade livre para participação. Outras atividades fazem parte do evento, como as atrações culturais. O projeto contará com shows musicais, cinema itinerante e uma Feira Solidária, com produtos de Empreendimentos de Economia Solidária da região com o objetivo de fomentar a economia e a geração de renda das localidades por meio do turismo esportivo.

 

O vôlei de praia é uma das principais modalidades do Costa a Costa, tendo atividades nos quatro dias do evento. Nos dois primeiros, são feitas as atividades voltadas para os jovens, enquanto no sábado e domingo são realizadas as competições no masculino e no feminino. Um dos objetivos é garantir a oportunidade de novos talentos serem descobertos e desenvolvidos.

 

“A coisa bacana que está acontecendo, além do fomento do esporte em geral, é oportunizar o aparecimento e o surgimento de jovens talentos. Nós já estamos com alguns nomes relacionados de adolescentes ainda, mas com muito potencial. Isso, eu acredito que aconteceu também nas outras modalidades e é uma oportunidade que o Verão Costa Costa oferece levando até a comunidade um esporte sério, criativo e com comando das federações, o que dá qualidade técnica ao evento”, explicou Eduardo Souza, presidente da Federação Baiana de Voleibol (FBV).

 

Prática do vôlei de praia no final da tarde | Foto: Divulgação/FBV

 

DESENVOLVIMENTO DE BASE

Um dos principais trunfos da história recente do vôlei de praia na Bahia é a consolidação das escolinhas voltadas especificamente para a modalidade. O movimento dessas escolas base para o incentivo da prática do esporte, principalmente no interior da Bahia, tem sido um ponto fundamental na evolução da categoria baiana. Etiene Martins, atual diretor de praia da FBV, explicou o trabalho que é feito a partir destas iniciativas, que podem surgir de até mesmo eventos independentes.

 

“O vôlei de praia no estado tem se apresentado através do grande movimento de escolinhas específicas para a modalidade nas diversas regiões da Bahia, inclusive aquelas onde não tem praia. Muitos eventos independentes têm sido realizados, destacam-se o Costa a Costa que é realizado pela Sudesb, e os Praieiros, que é um evento privado, porém muito conhecido entre os praticantes da modalidade”, contou Etiene.

 

O diretor da modalidade ainda destacou duas competições que são consideradas o passo sucessor a introdução das escolinhas. Enquanto esse primeiro contato com o esporte tem o papel de estimular o aprendizado dos fundamentos básicos e aprimoramento das técnicas do vôlei de praia, o Circuito Baiano de Divisão de Base e o Campeonato Baiano de Vôlei de Praia, ressaltados por Etiene Martins, dão ênfase na evolução desses alunos, aumentando a capacitação competitiva dos atletas.

 

Treino de uma das escolinhas de vôlei de praia | Foto: Divulgação/FBV

 

“A Federação Baiana de Voleibol, que estou a partir deste ano assumindo a diretoria de vôlei de praia, realiza dois grandes circuitos. O circuito Baiano de divisão de base, que é direcionado para alunos iniciantes, ou alunos que estão se destacando em suas escolinhas e centros de treinamento, nas categorias sub 12, 14, 16 e 18. Outra competição é o Campeonato Baiano de Vôlei de Praia, com quatro circuitos a serem realizados em 2025, para atletas profissionais e alunos com uma ênfase mais competitiva. Realizado nas categorias sub 15, 17, 19, 21, Aberto e Master”, detalhou o gestor.

 

Peça indispensável para o funcionamento da engrenagem do vôlei de praia, o circuito de base é um projeto que é tido como um ponto disruptivo na evolução da modalidade na Bahia. Citado pelo diretor de praia da FBV como uma das iniciativas motivadoras da virada de chave da categoria no período pós-pandêmico, abrindo portas para alunos das escolinhas de desenvolvimento, que hoje têm a oportunidade de competir em espaços diferentes. O case de sucesso cresceu no momento certo, já que em meio a tudo isso, duplas brasileiras se destacavam no cenário mundial do esporte. O destino quis assim, e esses dois acontecimentos casaram bem, fazendo com que o movimento da criação de novos centros seguisse novos rumos, não se contentando apenas com Salvador e região, tomando conta também  do interior do estado.

 

“Tivemos uma virada de chave muito importante pós pandemia. O grande motivador foi a criação do circuito de base, porque isso garantiu oportunidade dos alunos em desenvolvimento na escolinha participarem competindo em espaços diferentes daqueles que já performam. A partir disso, as escolinhas que já existiam em Salvador e região, foram ganhando adesão, e outras novas foram surgindo. Além disso, as referências no vôlei de praia e a participação das duplas brasileiras nos eventos mundiais foram mostrando o potencial da modalidade. Isto implicou no impulsionamento de outros centros no interior do estado”, destacou.

 

O Circuito de Base é um festival onde normalmente, dependendo do local, até 250 jovens e crianças estão envolvidas na competição, fora professores, familiares e organizadores do evento. Participam, em média, 30 centros de treinamento da capital e região metropolitana, e ainda dois ou três CTs. 

 

Em 2024, em duas oportunidades o estado da Bahia, através da Sudesb, ofereceu recursos para duas etapas destes eventos, assim sendo, eles foram gratuitos. As outras fases são feitas com pagamento de inscrição para ratear os custos, pois não há patrocínio privado nas etapas seguintes, dificultando a viabilização da gratuidade para realizar as etapas, desta forma, a federação transfere os custos dentro do valor de inscrição de cada atleta, que hoje, está em torno de R$ 90 a 100,00 por aluno a depender do número de categorias.


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