






O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) declarou nesta sexta-feira (18/7) sentir “vergonha” por ter que usar tornozeleira eletrônica. A medida foi determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, relator do inquérito que investiga suposta trama golpista.
Questionado sobre o uso do equipamento, Bolsonaro classificou a situação como “humilhante” e “degradante”.
“Eu tenho vergonha de usar tornozeleira. Qual risco ofereço à sociedade? Qual o risco ofereço de fuga?”, disse. O ex-presidente também afirmou não temer ser preso: “Estou com 70 anos, não estou com preocupação, com medo de nada. Agora, é uma injustiça, uma covardia me prender, nada fiz de errado.”. A declaração foi dada em entrevista à Band News.
Além do monitoramento eletrônico, Moraes determinou que Bolsonaro está proibido de manter contato com o filho e deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos, e de acessar as redes sociais.
Nesta mesma sexta-feira, a Polícia Federal cumpriu mandados de busca em endereços ligados ao ex-presidente.
Como funciona a tornozeleira de Bolsonaro
Bolsonaro compareceu à sede da Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape) para instalação do dispositivo. De acordo com o órgão, o dispositivo foi instalado por servidores seguindo os protocolos legais e administrativos do sistema penitenciário do Distrito Federal.
O monitoramento é feito pelo Centro Integrado de Monitoração Eletrônica (Cime), que acompanha em tempo real os locais e horários autorizados para deslocamentos.
A tornozeleira pesa 156 gramas e funciona com bateria recarregável de 110 gramas, com autonomia de cerca de 24 horas.
O que acontece caso haja tentativa de remoção
O usuário pode carregá-la na tomada ou desconectar uma parte do dispositivo para recarga. À prova d’água, o equipamento não precisa ser removido para banho e possui luzes de LED e vibração para avisar sobre o status e nível de bateria.
Caso haja tentativa de remoção, o Cime é imediatamente alertado e uma sirene dispara na central. O monitorado pode responder por dano ao patrimônio público e, dependendo do caso, ser preso.
O descumprimento de regras definidas pela Justiça, como violação de rotas, rompimento ou desligamento do aparelho, é comunicado ao juiz responsável, que pode adotar novas medidas. Um telefone 0800 está disponível para suporte técnico aos monitorados.
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