Após os anúncios de Luis Caputo e Santiago Bausili sobre o fim do controle cambial, o presidente argentino Javier Milei se dirigiu à nação por meio de uma cadeia nacional, ao lado de seu Gabinete, para transmitir uma mensagem de celebração e agradecimento a organismos internacionais, como o Fundo Monetário Internacional (FMI), pelo apoio econômico recebido.
Milei revelou que, como parte de um programa financeiro, a Argentina receberá um total de 32 bilhões de dólares, o que permitirá que as reservas do Banco Central do país alcancem 50 bilhões de dólares. “Este programa, que inclui recursos do FMI, Banco Mundial, BID, e um REPO do Banco Central, soma 32 bilhões de dólares, sendo que 19,6 bilhões serão desembolsados imediatamente. Com isso, até maio, as reservas brutas do Banco Central estarão em torno de 50 bilhões de dólares. Esse nível de reservas nos permitirá respaldar todos os pesos da economia, oferecendo mais segurança monetária aos cidadãos”, afirmou o presidente.
Milei destacou que essa é a primeira vez na história que o FMI aprova um programa de apoio a um plano econômico que já apresentou resultados positivos. O presidente também recordou que, em tempo recorde, as contas fiscais foram equilibradas e que todo o ajuste foi realizado pelo Estado, e não pela população. “O ajuste fiscal que realizamos garante um crescimento de 4,5% e, além disso, a implementação das reformas estruturais no DNU 70, na Lei Bases e as desregulamentações do ministério, que somam mais de 1.700 reformas no curto prazo”, acrescentou.
Em relação às perspectivas futuras, o presidente afirmou que a economia continuará crescendo devido à recomposição do estoque das empresas, à queda da inflação e ao retorno do crédito privado, com destaque para o boom dos créditos hipotecários nos últimos meses. “Com o acordo com o FMI, a economia continuará a crescer. A queda da inflação tem revalorizado o poder de compra dos cidadãos, e o crédito privado voltou, além de estarmos vendo um boom nos créditos hipotecários há mais de um ano”, declarou Milei.
O presidente também fez questão de enfatizar que o longo prazo trará mais crescimento para a Argentina. “Nosso objetivo é nos tornarmos o país mais livre do mundo. Continuaremos a reduzir a carga tributária, seja por meio da eliminação do imposto inflacionário ou pela redução de impostos diretos, com o apoio do superávit fiscal”, afirmou.
Milei apontou que o país experimentará um crescimento sustentado no futuro, com perspectivas de aumento da “investimento estrangeiro”, considerando que os investidores buscam segurança e liberdade para dispor dos frutos de seus investimentos. “Será um novo motor de crescimento para o país”, disse.
Por fim, o presidente lembrou que, nos últimos 15 anos, a Argentina impôs restrições à investimentos e aumentou a emissão monetária. “Nós fizemos o contrário. Por todos esses motivos, a recuperação que observamos nos últimos meses se acelerará e se transformará em um crescimento sustentado. A Argentina será o país com o maior crescimento econômico nos últimos três anos. Em vez de falar de crescimento a taxas chinesas, falaremos de taxas argentinas”, concluiu Milei.
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