Após oito anos longe da elite, o Galícia vive um período decisivo nos bastidores antes de retornar ao Campeonato Baiano em 2026. O clube, que atravessou a última temporada alternando mandos entre diferentes municípios, agora busca estabilidade — e um endereço fixo — para iniciar sua campanha no estadual, que começa mais cedo no próximo ano.
A estreia da competição está marcada para o dia 10 de janeiro, e o primeiro adversário será o Barcelona de Ilhéus. Já o primeiro jogo como mandante deve ocorrer nos dias 14 ou 15 de janeiro, diante da Juazeirense. Veja o calendário abaixo:
A diretoria trabalha com três caminhos, mas cada um carrega seus próprios entraves e possibilidades. O plano preferencial do Granadeiro é jogar em Pituaçu. O Bahia Notícias apurou que clube já solicitou o mando e obteve autorização da Sudesb (Superintendência de Desportos do Estado da Bahia), responsável pelo equipamento. Porém, o Estádio vive uma situação sensível: desde fevereiro, segue sob um Termo de Ajustamento de Conduta firmado após recomendação do Ministério Público da Bahia. Até que as adequações estruturais de segurança sejam executadas, partidas só podem ocorrer sem público.
A Sudesb iniciou o processo para atender às exigências, mas a primeira licitação foi frustrada. Agora, a autarquia, vinculada à Secretaria de Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre) avalia uma contratação direta, sem data definida para conclusão. Enquanto isso, o Galícia observa o avanço lento e mantém o plano, mas sem a convicção necessária para depender exclusivamente dele.
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Foto: Divulgação/Neoenergia
Com a indefinição em Salvador, o Estádio Municipal de Simões Filho emerge como opção real e, segundo fontes internas do próprio clube, já tratado nos bastidores como um “Plano A alternativo”. Requalificado em 2022 e com histórico recente de uso em competições de base — incluindo o Baianão Sub-20 —, o equipamento agrada pela estrutura e pela possibilidade de receber torcedores desde o início da campanha, algo visto como determinante no retorno do Galícia à elite.
O clube já esteve reunido com o secretário de Esportes, Igor Mateus, que garantiu que todos os laudos necessários estão emitidos. Porém, na outra ponta, a FBF informou ao Bahia Notícias que nenhum documento foi apresentado oficialmente até o momento. A confirmação desses laudos será decisiva para a escolha final.
Como terceira via, o Galícia mantém a Arena Cajueiro no radar. O estádio do Bahia de Feira, já utilizado pelo clube na Série B, oferece estrutura considerada adequada para o Demolidor, mas esbarra na distância e no impacto logístico para jogadores e torcedores. Ainda assim, permanece como alternativa caso as demais não avancem.

Foto: Prefeitura de Simões Filho

Foto: Ascom/Bahia de Feira
Com o calendário apertado e a necessidade de planejamento operacional — desde logística de elenco até operação de jogo, segurança e bilheteria —, o Galícia corre contra o tempo para anunciar seu mando. O Demolidor de Campeões aborda o tema da definição do estádio como um dos pilares da campanha de 2026. E, por isso, segue tentando dar um passo cada vez mais estratégico.
Enquanto segue se planejando, dentro do campo, o Galícia já anunciou 12 contratações. Se destacam entre elas os retornos dos zagueiros Vitor Salvador e Luiz Bahia, do lateral-direito Kekeu e do volante Antony Popó. Chegaram também o goleiro Henrique Ferreira, o zagueiro Jaques, o lateral Lucas Araújo, os meias Rogerinho, Gabriel Vieira, Rafael Mineiro e Mayron, e o atacante Adilson Bahia.
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