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Genes escondidos no DNA humano são identificados pela 1ª vez

Genes escondidos no DNA humano são identificados pela 1ª vez

Cientistas de mais de 20 instituições de pesquisa de todo o mundo anunciaram a descoberta de novos genes que até então estavam “ocultos”. Segundo os pesquisadores, eles estavam escondidos em regiões conhecidas como DNA lixo. 

Ainda de acordo com a equipe responsável pela descoberta, esses genes são responsáveis pela produção de miniproteínas. Além disso, eles desempenham um papel importante no sistema imunológico e no surgimento do câncer. 

Organismos podem ser mais importantes do que a ciência pensava

  • A identificação dos novos genes ocorreu após a revisão de vários estudos e dados sobre o genoma humano.
  • Os cientistas se debruçaram sobre regiões classificadas como não codificantes e que foram nomeadas, por décadas, como DNA lixo.
  • A descoberta, no entanto, indica que estes fragmentos atuam na produção das microproteínas, tendo uma importância muito maior do que imaginava até agora.
  • As conclusões foram descritas na plataforma bioRxiv e ainda dependem de revisão de outros cientistas.
Genes estavam escondidos no DNA (Imagem: Piyaset/Shutterstock)

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Pode haver milhares de genes ocultos ainda não descobertos

No trabalho recém-divulgado, o grupo analisou 7,2 mil conjuntos de genes em áreas ocultas do DNA e descobriu pelo menos três mil novos genes que podem codificar as pequenas proteínas.

A expectativa dos pesquisadores é que seja possível identificar até 50 mil genes que pertencem ao genoma humano. Este número já conta com os 20 mil genes oficialmente reconhecidos pela ciência. Há, ainda, quem defenda que podem existir até 100 mil genes, o que é considerado improvável pelos especialistas.

Organismos recém-descobertos podem ajudar no tratamento do câncer (Imagem: Lightspring/Shutterstock)

De acordo com os pesquisadores, estes genes ocultos podem ter a capacidade de revolucionar a medicina. Isso porque há evidências de ligação entre eles e o desenvolvimento do câncer.

Por isso, especialistas defendem que novas pesquisas sejam realizadas para entender melhor o funcionamento destes organismos. A esperança é que um maior entendimento deles possa ajudar no desenvolvimento de novos tratamentos contra o câncer e, inclusive, outras doenças.


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