O universo dos samurais volta a ser destaque com “Ghost of Yōtei”, o novo jogo da Sucker Punch que promete expandir a experiência iniciada em Ghost of Tsushima.
Desta vez, o palco não é a ilha de Tsushima, mas a gelada e selvagem região de Ezo (atual Hokkaidō), em 1603. Você assume o papel de Atsu, uma ronin movida pela vingança contra o grupo criminoso Yōtei Six, responsável pela destruição de sua família.
Com lançamento marcado para 2 de outubro de 2025, exclusivo para PlayStation 5, o game aposta em um mundo aberto ainda mais detalhado, combate com novas armas e diferentes modos visuais inspirados no cinema japonês. Além disso, conta com ambientação autêntica, consultoria cultural e trilha sonora que mistura tradição e inovação.
Neste guia completo, você vai descobrir a história, os personagens, as mecânicas de combate, a produção, polêmicas, modos especiais e expectativas de “Ghost of Yōtei”. Continue lendo e prepare-se para mergulhar nessa jornada épica.
O que é Ghost of Yōtei?
“Ghost of Yōtei” é um jogo de ação e aventura em mundo aberto, desenvolvido pela Sucker Punch Productions e publicado pela Sony Interactive Entertainment. Apesar de lembrar “Ghost of Tsushima”, não se trata de uma sequência direta, mas de uma nova história dentro do mesmo universo temático.
- Data de lançamento: 2 de outubro de 2025;
- Plataforma: exclusivo para PlayStation 5;
- Ambientação: norte do Japão (Ezo/Hokkaidō), em 1603.
O nome “Yōtei” é inspirado no Monte Yōtei, marco da região de Hokkaidō. A montanha serviu como símbolo para a narrativa e inspiração visual durante a produção.
Enredo: a jornada de Atsu
A narrativa gira em torno da vingança de Atsu, uma mercenária solitária cuja família foi brutalmente assassinada anos antes pelos seis membros do grupo criminoso chamado Yōtei Six. Esses inimigos liderados pelo samurai renegado Saitō,destroem a casa de Atsu, matam seus entes queridos e a deixam quase morta.
Anos depois, ela emerge como uma figura vingadora, disposta a caçar cada membro do Yōtei Six, em busca de justiça (ou destruição. A luta de Atsu não é apenas contra inimigos externos: há um conflito interno constante entre sede de vingança e auto-descoberta.
Personagens principais
- Atsu – protagonista, ronin que adota a persona do “Ghost” (fantasma).
- Yōtei Six – antagonistas centrais, compostos por seis figuras com identidades (Snake, Oni, Kitsune, Spider, Dragon, etc.).
- Saitō – líder dos Yōtei Six, figura chave por trás do massacre da família de Atsu.
- Personagens secundários aparecem conforme a narrativa se desdobra: aliados inesperados, pacatos habitantes de Ezo, figuras com motivações pessoais. O jogo busca oferecer profundidade narrativa nos encontros.
A narrativa também apresentará personagens secundários, aliados inesperados e habitantes de Ezo que adicionarão profundidade à história.

Ambientação e mitologia japonesa
O cenário de “Ghost of Yotei” não funciona apenas como pano de fundo, ele é um componente essencial da narrativa e da experiência de jogo. As vastas florestas densas, as montanhas nevadas imponentes e as mudanças climáticas extremas não apenas desafiam a exploração, mas também moldam o ritmo da jornada.
Tempestades de neve podem dificultar combates, neblinas densas alteram a visibilidade e até a fauna local desempenha um papel na sensação de estar em um ambiente vivo, que reage às ações do jogador.
Para construir esse nível de realismo, os desenvolvedores recorreram a consultoria cultural e histórica, buscando retratar de forma autêntica as tradições da região de Ezo e do povo Ainu. Esse cuidado não só fortalece a imersão, como também evita distorções que poderiam prejudicar a experiência.
Além disso, a equipe viajou até o Parque Nacional de Shiretoko, no Japão, onde gravou sons reais das florestas, do vento cortando as montanhas e até do gelo se partindo, tudo para compor uma trilha sonora ambiental que se mistura organicamente à jogabilidade.
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A mitologia japonesa também desempenha um papel central. Elementos do folclore, como o onryō, o espírito vingativo que retorna ao mundo dos vivos em busca de justiça, influenciam diretamente a construção da persona de Atsu, o protagonista.
Essa conexão espiritual dá mais profundidade ao enredo, trazendo camadas simbólicas que mesclam realidade histórica com o sobrenatural, um equilíbrio que promete ser uma das marcas registradas do título.
Jogabilidade: mundo aberto e combate renovado
Estrutura do mundo aberto
Em “Ghost of Yotei”, a proposta de liberdade do jogador permanece central. A jornada permite escolher livremente a ordem em que os membros do Yōtei Six serão enfrentados, criando uma narrativa mais aberta e não linear.
Essa flexibilidade se reflete também nas missões secundárias e nas inúmeras atividades opcionais espalhadas pelo mapa, que reforçam a imersão no Japão feudal.
Entre elas, destacam-se as pinturas em sumi-e, que além de servir como minijogo artístico, parecem desbloquear registros históricos sobre a cultura local; os tradicionais banhos em onsen, que funcionam como pontos de recuperação de energia e contemplação; e a preparação de alimentos em acampamentos, que pode oferecer bônus temporários de combate ou resistência.
O mundo aberto não é apenas um cenário: cada elemento foi pensado para aproximar o jogador do cotidiano e da espiritualidade do período retratado.

Sistema de combate
O combate em “Ghost of Yotei” é uma evolução clara em relação ao estilo visto em “Ghost of Tsushima”. O jogador poderá alternar entre múltiplas armas, como o poderoso ōdachi, a versátil kusarigama e, claro, a clássica katana.
Essas armas não são entregues de imediato: cada uma é desbloqueada ao longo da campanha, geralmente após missões específicas ou duelos importantes, reforçando a sensação de progressão. O sistema prioriza intensidade e precisão, com confrontos que exigem domínio do timing para paradas e contra-ataques.
Outro diferencial é o uso do DualSense: além do feedback háptico detalhado, o touchpad poderá ser usado para riscar o nome dos inimigos derrotados em uma lista ritualística, reforçando o peso simbólico da vingança.
Modos visuais especiais
A equipe também investiu em modos estéticos que transformam a experiência audiovisual. O Kurosawa Mode mergulha o jogador em um visual preto e branco com granulação proposital, recriando a atmosfera dos filmes clássicos de Akira Kurosawa.
Já o Takashi Miike Mode intensifica o choque visual, com paleta de cores saturadas, closes dramáticos e violência explícita, remetendo ao cinema contemporâneo japonês. Por fim, o Watanabe Mode aposta na leveza: inspirado em Samurai Champloo, combina cores vibrantes, trilha sonora lo-fi e uma atmosfera descontraída, funcionando quase como uma releitura moderna do gênero.
Multiplayer
Outro ponto que gera expectativa é o modo multiplayer. Batizado de Legends, ele está previsto para 2026 e deverá expandir o universo do jogo para além da campanha solo. Segundo os desenvolvedores, o modo contará com missões cooperativas inspiradas em lendas locais e batalhas de sobrevivência contra ondas de inimigos, cada uma exigindo estratégias coletivas e cooperação entre jogadores.
Embora ainda não tenha sido totalmente detalhado, a ideia é que Legends complemente a experiência principal, oferecendo longevidade ao título e mantendo a comunidade ativa mesmo após o fim da campanha.
Produção, orçamento e bastidores
A produção de “Ghost of Yotei” teve início com um trabalho de campo intenso. Parte da equipe viajou ao Japão para estudar a geografia e a cultura da região de Ezo, onde se passa a trama do jogo. O objetivo era recriar de forma fiel os cenários e trazer autenticidade à ambientação.
Com um orçamento estimado em US$ 60 milhões, o projeto é considerado moderado para os padrões de um título AAA, mas ainda assim suficiente para garantir um alto nível de qualidade técnica e artística.
Para evitar deslizes, os desenvolvedores contaram com consultoria cultural especializada, especialmente no que diz respeito às tradições do povo Ainu. Apesar disso, algumas críticas já surgiram em torno de possíveis anacronismos históricos, mostrando que a busca pela fidelidade cultural pode ser um dos pontos mais sensíveis do game.

O título também não escapou de polêmicas fora das telas. Uma das principais envolveu debates sobre a precisão histórica do uso do nome “Monte Yōtei”, que teria diferentes interpretações regionais. Além disso, a demissão de um membro da equipe após comentários polêmicos feitos nas redes sociais acabou gerando repercussão e levantando discussões sobre postura profissional e responsabilidade online.
Críticas e expectativas
Pelos trailers e materiais divulgados até agora, “Ghost of Yōtei” já chama atenção pelo seu visual cinematográfico. A direção de arte aposta em cenários deslumbrantes, que lembram pinturas em movimento, e modos estéticos que dão ao jogador a sensação de estar dentro de um filme de samurai clássico. Essa escolha estética sugere que o game terá um forte apelo imersivo, com momentos feitos para serem contemplados e registrados.
Outro destaque é a proposta narrativa. Pelo que foi mostrado, a trama deve mergulhar em temas de vingança, honra e dilemas morais, algo que já gera expectativa de uma história carregada de emoção. Essa promessa é reforçada pela apresentação dos personagens e pela atmosfera tensa dos trailers, que indicam uma jornada intensa e cheia de peso dramático.
No campo da jogabilidade, os vídeos revelam combates variados, com novas armas e técnicas que prometem ampliar as possibilidades de estratégia em cada confronto. Além disso, o estúdio sugere que haverá liberdade para o jogador escolher a ordem dos inimigos a serem enfrentados, o que abre margem para múltiplas experiências de progressão.
O mundo aberto também aparece como um dos protagonistas. Tudo indica que o cenário ao redor do Monte Yotei não será apenas pano de fundo, mas sim um espaço dinâmico e vivo, cheio de elementos reativos às ações do jogador. Essa abordagem promete aumentar a sensação de imersão e fazer com que cada exploração seja única.
Mas nem tudo parece perfeito. Algumas prévias levantam a possibilidade de que as missões secundárias possam se tornar repetitivas, repetindo fórmulas comuns em jogos do gênero.
Além disso, a inteligência artificial dos inimigos, pelo que se percebe nos combates apresentados, ainda parece previsível em confrontos com grupos maiores. Se isso for confirmado, pode limitar o desafio e diminuir a intensidade de certas batalhas.
Em resumo, mesmo sem ter chegado ao mercado, “Ghost of Yōtei” já mostra potencial para ser um título marcante. Os trailers apontam para um jogo que aposta em estética, narrativa emocional e liberdade de escolha, ainda que traga consigo riscos que só poderão ser confirmados na prática, quando o público finalmente tiver o controle em mãos.
FAQ – Perguntas frequentes sobre Ghost of Yōtei
Não. É uma história independente no mesmo universo temático.
Em 2 de outubro de 2025, exclusivo para PS5.
Não, “Ghost of Yotei” não é baseado em fatos. O jogo mistura elementos históricos do Japão feudal com ficção, mitologia e narrativa própria.
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