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Gilson Machado e Mauro Cid são presos pela PF em nova fase das investigações sobre tentativa de golpe

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Em uma nova ofensiva da Polícia Federal relacionada às investigações sobre a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, duas figuras ligadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro foram presas nesta sexta-feira (13). O ex-ministro do Turismo Gilson Machado Neto e o ex-ajudante de ordens da Presidência da República, tenente-coronel Mauro Cid, foram detidos em ações simultâneas da PF, em Pernambuco e no Distrito Federal, respectivamente.

PF prende Gilson Machado por suspeita de facilitar fuga de Mauro Cid

A prisão de Gilson Machado foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a pedido da Procuradoria-Geral da República. A PF investiga o ex-ministro por tentar obter um passaporte português para Mauro Cid, o que poderia viabilizar uma fuga internacional e comprometer o andamento das investigações. A articulação envolveria contatos com o consulado de Portugal em Recife e até tentativas de recorrer à embaixada portuguesa em Brasília.

De acordo com a PGR, a tentativa de retirada do documento europeu pode configurar obstrução de Justiça, uma vez que Cid é réu na ação penal que apura a trama golpista contra a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de Geraldo Alckmin em 2023.

Mauro Cid é preso novamente por violar acordo de delação

Já em Brasília, Mauro Cid foi preso por descumprir medidas cautelares impostas pelo STF. Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e colaborador da Justiça, Cid é acusado de mentir em seu acordo de delação premiada, ao negar uso de redes sociais durante o período em que isso lhe era proibido. A Polícia Federal obteve provas que indicam o contrário, o que motivou a revogação do benefício.

Cid já havia sido preso anteriormente por envolvimento em um esquema de fraude nos cartões de vacinação da família Bolsonaro e também por interferir nas investigações sobre a tentativa de golpe. Ele foi solto em maio de 2024 após firmar colaboração com a PF, mas voltou ao centro do inquérito ao ser acusado de violar as condições impostas pelo Supremo.

Avanço nas investigações

Ambas as prisões fazem parte do desdobramento da Operação Tempus Veritatis, que investiga uma suposta organização criminosa formada por militares, ex-ministros, políticos e civis com o objetivo de impedir a posse democrática após as eleições de 2022. Gilson e Cid são apontados como peças-chave em articulações que visavam manter Jair Bolsonaro no poder mesmo após a derrota nas urnas.

Segundo fontes da PF, novas prisões não estão descartadas. A operação mira tanto os autores intelectuais quanto os operadores logísticos da tentativa de ruptura institucional.

DA REDAÇÃO DO EUCLIDES DIÁRIO

*Com informações de Metrópoles e Política Livre


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