O ex-assessor presidencial Filipe Martins 10 de outubro de 2025 | 20:02
Governo dos EUA contradiz Moraes e diz que Martins não viajou ao país no fim de 2022
O Departamento de Alfândega e Imigração do governo dos EUA anunciou nesta sexta-feira (10) que o ex-assessor presidencial Filipe Martins não entrou no país no final de 2022.
A suposta viagem foi usada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, como fundamento para mantê-lo preso durante seis meses em 2024. Martins é também réu no processo do STF da trama golpista.
Em nota, o departamento do governo americano diz que chegou a esta conclusão após um exame completo em seus registros.
“Essa conclusão contradiz diretamente alegações feitas pelo juiz da Suprema Corte Alexandre de Moraes, um indivíduo que recentemente foi sancionado pelos EUA por violações de direitos humanos contra o povo brasileiro”, diz o órgão em comunicado.
Segundo bolsonaristas, a conclusão pode servir de base para mais sanções contra o Judiciário. Também pode ajudar na defesa que Martins apresentará ao STF em breve.
O departamento de imigração afirma que Moraes citou registros errados para justificar a prisão de Martins.
“A inclusão desse registro incorreto no sistema oficial está sob investigação, e serão tomadas medidas apropriadas para evitar que futuras discrepâncias ocorram”, prossegue.
O departamento diz ainda que “condena de forma forte o mau uso deste registro de entrada para apoiar a condenação de Martins ou qualquer outra pessoa”.
Fábio Zanini/Folhapress
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