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Guia morto em Caraíva relatou em mensagem temor com abordagem racista antes de operação

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Um print de uma conversa com Victor Cerqueira Santos Santana, morto durante uma ação policial em Caraíva, distrito de Porto Seguro, na Costa do Descobrimento, mostra o receio do guia turístico como abordagens de cunho racista.

 

A operação ocorreu no final da tarde do último sábado (10) e tinha com alvo um líder de uma facção criminosa, identificado como Davisson Sampaio dos Santos, de 23 anos, conhecido como “Alongado”, que também morreu na ocasião.

 

Foto: Reprodução / Redes Sociais

 

Nas mensagens divulgadas por um amigo da vítima, Vitor Cerqueira conversa com uma pessoa. A interlocutora pede que ele se mude para Itabela devido à violência. O guia responde que não tinha interesse na mudança e fala que “pelo menos em Caraíva, a briga seria entre “polícia e bandido”, não “guerra de facção” como ocorreria em Itabela.

 

Ao final, Victor Cerqueira escreveu: “Nego vai me ver pretinho e querer me pegar TB”. A morte do guia turístico provocou comoção na localidade.

 

Por meio de nota, a Comunidade de Caraíva declarou que testemunhas viram Victor sendo algemado, descalço e apenas de bermuda por volta das 18h do sábado. Já na madrugada do domingo (11), o corpo deu entrada no Instituto Médico Legal (IML) “com sinais de tortura e execução”, além de “múltiplas fraturas no tórax, hematomas no rosto e na parte interna da boca, um ferimento de arma branca na costela e um disparo na jugular, de cima para baixo”, diz trecho da nota.

 

Ainda segundo a organização, dias antes de ser morto, o guia teria registrado uma denúncia de racismo ao ser acusado de furto em uma escola.

 

A associação ainda afirmou que há indícios de que câmeras de segurança no local da operação foram desligadas, com apreensão de outros equipamentos no entorno do local. A Polícia Civil do estado apura o caso.


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