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Helder Barbalho defende pesquisa por petróleo na Foz do Amazonas e diz que país precisa de combustíveis fósseis

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Helder Barbalho defende pesquisa por petróleo na Foz do Amazonas e diz que país precisa de combustíveis fósseis

Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil/Arquivo
O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB) 08 de junho de 2025 | 13:00

Helder Barbalho defende pesquisa por petróleo na Foz do Amazonas e diz que país precisa de combustíveis fósseis

O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), defendeu o direito da Petrobras de pesquisar por petróleo na bacia da Foz do Amazonas e disse que o país não pode abrir mão dos combustíveis fósseis para seu desenvolvimento econômico.

“Defendo o direito à pesquisa, mediante o cumprimento das condicionantes por parte da Petrobras. E chamar a Petrobras, a partir de uma riqueza nacional, para que ela financie a transição energética”, declarou.

“Eu não posso crer que seja razoável dizerem que não se pode pesquisar a 540 km da Foz do Amazonas se tem ou não tem petróleo, se a 200 km da praia de Copacabana tem uma perfuração. Em Copacabana pode, mas, lá na amazônia, nós não temos direito a ter oportunidade de ver as nossas riquezas serem transformadas em melhoramento social. Estamos fadados a sermos reféns da nossa riqueza”, completou Barbalho.

As afirmações foram feitas na sexta-feira (6), em um painel durante um evento organizado pelo grupo Esfera Brasil, em Guarujá (SP). Romeu Zema (Novo), governador de Minas Gerais, e Cláudio Castro (PL), governador do Rio de Janeiro, participaram da mesma mesa.

Segundo Barbalho, há desinformação sobre o tema. “Quando se coloca a bacia amazônica, se busca dar a conotação como se a exploração da margem equatorial acontecesse dentro da floresta amazônica. Nós estamos falando de uma área de pesquisa que está a 540 quilômetros da foz do rio Amazonas, em mar aberto, portanto, em águas profundas, em que, nesta mesma bacia, outros países já estão em plena exploração”, disse.

Para o governador do Pará, o país precisa seguir explorando petróleo para gerar crescimento econômico. “O Brasil, neste momento, não pode abrir mão do combustível fóssil para a manutenção do desenvolvimento. Não é querer, é necessitar”, afirmou.

Segundo ele, as discussões sobre o tema estão contaminadas por ideologia, e governo e órgão licenciador devem ser pragmáticos em suas decisões.

No fim de maio, a Petrobras enviou uma carta ao Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis) propondo um cronograma para as próximas etapas necessárias à pesquisa na região da Foz do Amazonas, incluindo o início da simulação da perfuração em julho.

Barbalho falou ainda sobre as possibilidades trazidas ao país por sediar a COP30 (30ª conferência das nações unidas sobre mudanças climáticas), que acontece em Belém, em novembro.

“É necessário aproveitar o protagonismo de ser sede do maior evento climático do planeta para fazer um grande chamamento para a valorização de floresta viva, de floresta em pé, com a perspectiva de mercado de carbono como nova commodity de construção das soluções das neutralizações de emissões, a oportunidade de financiamento climático advindo da natureza, para que o Brasil seja líder na agenda da sustentabilidade em todo o planeta, a partir do exemplo do estado do Pará”, concluiu.

Folhapress




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