A sessão da Câmara dos Deputados foi marcada por tumulto e discussões acaloradas nesta quarta-feira (19/02/25), levando à suspensão temporária dos trabalhos. O clima de tensão se instalou durante os discursos sobre a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 33 pessoas, acusadas de integrarem uma organização criminosa armada e de tentativa de golpe de Estado.
O presidente da Câmara, Hugo Motta, criticou duramente o ambiente de desordem e anunciou medidas para conter comportamentos inadequados. “Aqui não é jardim da infância nem lugar para espetacularização que denigre a imagem desta Casa. Não aceitarei este tipo de comportamento”, declarou. Ele também afirmou que acionará o Conselho de Ética contra parlamentares que desrespeitarem colegas. “Quem estiver aqui preocupado em agredir colega para aparecer não terá complacência desta nossa Presidência. Se não nos dermos o respeito, não será quem está fora desta Casa que nos dará”, acrescentou.
Durante a sessão, que estava sendo presidida pela deputada Delegada Katarina (PSD-SE), oposicionistas interromperam reiteradamente o discurso do líder do PT, Lindbergh Farias (PT-RJ), com palavras de ordem. O episódio gerou reação imediata de diversas deputadas, que protestaram no Plenário e pediram respeito, destacando que a sessão era conduzida por uma mulher.
Diante dos acontecimentos, Hugo Motta tomou outra decisão e proibiu a entrada de cartazes no Plenário. “Esta não é uma Casa de torcida, é uma Casa de parlamentares que têm o poder da fala, de propor projetos e defender suas ideias”, afirmou. A medida visa evitar novas manifestações que comprometam o andamento das sessões legislativas.
Fonte: Gazeta Brasil