O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), negou nesta quinta-feira (7/8) qualquer tipo de negociação com a oposição para desobstruir o plenário da casa legislativa. Segundo ele, não houve concessões de pauta em troca da retomada das atividades parlamentares após mais de 24 horas de ocupação, como afirmou a oposição.

“A presidência da Câmara é inegociável. Quero deixar isso muito claro. As matérias que estão sendo veiculadas sugerindo uma negociação por parte desta presidência para retomada dos trabalhos não procedem. O presidente da Câmara não negocia suas prerrogativas com ninguém, seja oposição, governo ou qualquer outro grupo”, declarou o deputado a jornalistas.

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Obstrução na Câmara dos Deputados; na foto, parlamentares como Mario Frias e Marcel Van HattemReprodução: Instagram/@mariofriasoficial

Hugo Motta Foto: Mário Agra/Câmara dos Deputados

“Foi um sequestro do parlamento”, afirma Lindbergh sobre ocupação na Câmara dos DeputadosReprodução/TV Câmara

Presidente da Câmara dos Deputados, deputado Hugo Motta (Republicanos/PB)Foto: Mario Agra/Câmara dos Deputados

Hugo Motta (Republicanos/PB) compartilha novas informações sobre a tramitação da PEC da Segurança PúblicaFoto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados/Reprodução X/Montagem

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A manifestação ocorre após a ocupação do plenário iniciada na última terça-feira (5/8) por parlamentares da oposição. Eles protestavam contra a decisão de prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e cobravam o avanço de propostas como a anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro e o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Alguns oposicionistas afirmaram que Hugo teria se comprometido a pautar os temas.

Apesar disso, o presidente da Casa afirmou que apenas buscou o diálogo e que as tratativas não envolveram contrapartidas. “Mais uma vez o diálogo prevaleceu. Conversamos o dia inteiro com todas as lideranças, mostramos que não abriríamos mão de reabrir os trabalhos como prevê nosso Regimento, respeitando a Constituição e o direito ao contraditório”, disse.

Hugo também reforçou que a mesa diretora da Câmara deve adotar medidas disciplinares ainda nesta quinta-feira contra os parlamentares que participaram da obstrução. Um ato já foi elaborado com a possibilidade de suspensões de até seis meses. O anúncio das medidas disciplinares foi feito na última quarta-feira (6/8), após reunião de líderes na Residência do Presidente da Câmara, em Brasília.