O influenciador digital Hytalo Santos e seu companheiro, Israel Natã Vicente, conhecido como “Euro”, tornaram-se réus em uma ação civil pública que investiga um suposto e grave esquema de exploração sexual e trabalho análogo à escravidão. As acusações envolvem crianças e adolescentes, que teriam sido aliciados sob falsas promessas de uma vida melhor. A investigação detalhada aponta que o casal recrutava menores em Cajazeiras, na Paraíba, oferecendo a perspectiva de fama, moradia e apoio financeiro na capital, João Pessoa. As vítimas eram supostamente levadas para a residência dos influenciadores, onde, segundo os elementos coletados, participavam de conteúdos digitais monetizados. Este cenário alarmante levanta sérias preocupações sobre a vulnerabilidade juvenil e o uso indevido de plataformas digitais para fins exploratórios, destacando a urgência da proteção de menores no ambiente online.
As condições de exploração alegadas
A investigação apurou um conjunto de irregularidades que caracterizam as condições análogas à escravidão. Os adolescentes estariam sujeitos a um controle rigoroso da rotina, privação de sono e restrições de comunicação. A ausência de remuneração adequada por sua participação em conteúdos digitais é um ponto central. O aliciamento, baseado na vulnerabilidade das famílias, é apontado como fator crucial. As vítimas seriam expostas em vídeos com conotação sensual para gerar lucro, e participariam de viagens a ambientes de risco. Tal situação criaria um ciclo de dependência emocional, dificultando o reconhecimento da exploração. É crucial que todos permaneçam vigilantes e, ao notar sinais de abuso ou exploração, denunciem imediatamente para proteger os mais vulneráveis.
As medidas legais impostas
Diante da gravidade das acusações, a ação judicial pleiteia o fim imediato das práticas e solicita uma indenização por dano moral coletivo de R$ 12 milhões. São requeridas reparações individuais para as vítimas, entre R$ 2 milhões e R$ 5 milhões, além de medidas de proteção psicológica, médica e social. Em decisão judicial, foram determinadas ações enérgicas: bloqueio de até R$ 20 milhões em bens dos réus, apreensão e possível venda de veículos de luxo. Os réus foram proibidos de contato com as vítimas e tiveram suspensa a produção de conteúdo envolvendo os menores. Órgãos de saúde e assistência social foram mobilizados para acompanhamento contínuo dos adolescentes.
Conclusão
Este caso ressalta a importância da fiscalização rigorosa no ambiente digital e a proteção de crianças e adolescentes. A ação contra Hytalo Santos e “Euro” busca não apenas punir os responsáveis, mas também garantir a reparação e o apoio necessário às vítimas, reforçando o combate a práticas exploratórias.
Fonte: https://gazetabrasil.com.br
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