Inmet: 2024 foi o ano mais quente já registrado no Brasil

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Recordes de temperaturas elevadas marcaram 2024, alertando para os impactos das mudanças climáticas no país e reforçando a necessidade de ações ambientais urgentes.

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) confirmou nesta quarta-feira (1º) que 2024 foi o ano mais quente já registrado no Brasil desde o início das medições. O aumento das temperaturas atingiu níveis históricos em diversas regiões do país, com recordes de calor e a intensificação de eventos climáticos extremos, como secas prolongadas e chuvas intensas.

De acordo com os dados divulgados, a média de temperatura em 2024 superou em 1,2°C o recorde anterior, registrado em 2016. A elevação foi impulsionada principalmente pela combinação do fenômeno climático El Niño, que aquece as águas do Oceano Pacífico, e pelo agravamento do aquecimento global, causado pelas emissões de gases de efeito estufa.

“Esse cenário é um reflexo direto das mudanças climáticas globais, que estão impactando de forma significativa o regime de temperaturas e o clima no Brasil”, explicou Ana Luiza Santana, meteorologista do Inmet.

Impactos no Brasil

Os efeitos das temperaturas extremas foram sentidos em todas as regiões do país. No Nordeste, a seca atingiu níveis críticos, afetando a agricultura e o abastecimento de água. No Sudeste, ondas de calor prolongadas elevaram os índices de consumo de energia elétrica, enquanto no Sul e no Centro-Oeste, chuvas torrenciais causaram enchentes e prejuízos em áreas urbanas e rurais.

Além dos impactos ambientais, a saúde pública também foi diretamente afetada, com aumento de internações devido a doenças relacionadas ao calor, como desidratação e infecções respiratórias.

Urgência por ações ambientais

O recorde registrado em 2024 reforça a necessidade de medidas urgentes para mitigar os efeitos das mudanças climáticas. Especialistas defendem a adoção de políticas públicas voltadas à redução das emissões de carbono, ampliação de fontes de energia renovável e preservação ambiental.

“Estamos diante de um alerta vermelho para o planeta e, especialmente, para o Brasil. É preciso agir agora para evitar que o cenário se agrave ainda mais nos próximos anos”, destacou o climatologista Paulo Mendes, da Universidade de São Paulo (USP).

DA REDAÇÃO DO EUCLIDES DIÁRIO

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