Um esquema criminoso envolvendo o programa Farmácia Popular foi descoberto na Bahia, com a utilização de dados de pessoas já falecidas para retirada fraudulenta de medicamentos. A ação levanta preocupações sobre a falta de fiscalização no sistema e o prejuízo aos cofres públicos.

O Farmácia Popular foi criado com o objetivo de ampliar o acesso da população a medicamentos gratuitos ou com preços reduzidos, principalmente para doenças crônicas como hipertensão, diabetes e asma. No entanto, o que deveria ser um benefício à saúde pública acabou se tornando alvo de fraudes.

As investigações apontam que farmácias conveniadas estariam registrando retiradas de medicamentos em nome de usuários que já faleceram. Os remédios, que deveriam ser entregues aos beneficiários, eram desviados, e os registros manipulados para justificar o recebimento dos valores do governo.

Além do uso de nomes de pessoas mortas, há indícios de outros tipos de irregularidades, como atendimentos sem apresentação de receita médica válida e duplicidade de lançamentos no sistema. Com isso, os criminosos lucravam às custas de um programa essencial para milhões de brasileiros.

A descoberta do esquema acendeu o alerta para a necessidade de maior controle e fiscalização por parte das autoridades. Enquanto os responsáveis pela fraude são identificados, cresce a cobrança por medidas que garantam a integridade do Farmácia Popular e evitem novos desvios.

O caso também expõe uma grave falha no monitoramento dos dados dos usuários e reforça a importância de políticas públicas que não apenas criem programas sociais, mas também assegurem sua correta execução.

Washington Logan